Gilmar Mendes fala o que quer e fica por isso mesmo

24/03/2017 às 20:12.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:52

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, veio a público ontem para mais uma disenteria verbal (parafraseando o procurador-geral Rodrigo Janot). Defendeu a anistia ao caixa 2. 

Segundo ele, se já anistiamos aqueles que possuem dinheiro não declarado no exterior, via repatriação, que mal haveria em se fazer o mesmo com aqueles que utilizaram de recursos não contabilizados, não informados ou declarados, em campanhas eleitorais?

Gilmar Mendes é aquele tipo de gente que pensávamos ter sumido do imaginário popular: que nunca é punido de forma alguma. Falar não tem problema. Expressar a opinião é o pilar da democracia.

Mas um ministro da alta Corte exprimir opiniões, valores que podem induzir julgamentos futuros e que demonstram pensamentos ideológicos é no mínimo estranho. Gilmar Mendes janta com Michel Temer (PMDB), critica o PT e defende anistia ao caixa 2. Tece críticas que seriam hilárias se não trágicas ao procurador-geral e a quem mais pensar de forma contrária a ele.

A pergunta que fica no ar é: seria o ministro imparcial para julgar a chapa Dilma/Temer, casos de corrupção envolvendo petistas e de caixa 2? Como pode um ministro do TSE e do STF sofrer de disenteria verbal e ficar por isso mesmo?

Não trata aqui de defender ou não partidos e lideranças que estão na mira da Justiça. Mas a Justiça tem que ser imparcial, a mesma, com os mesmos olhos, ouvidos e intestino para todos. Que se puna quem cometeu crimes, seja do PT, PSDB ou PMDB. 

Reforma
A Reforma Trabalhista foi discutida ontem na Assembleia Legislativa por deputados da oposição.

O deputado federal Patrus Ananias (PT) denunciou o que acredita ser retrocesso relativo aos direitos dos trabalhadores. Na apresentação, o parlamentar informou que a reforma aumentará a “massificação do bico”. Segundo ele, o prazo do serviço temporário permitido por lei passará de três meses para nove meses. 

O empresariado contesta e diz que será promovida uma modernização das leis trabalhistas, capaz de aumentar a competitividade do Brasil frente a mercados internacionais, onde as regras são mais flexíveis. 

PIB em alta
O PIB do agronegócio mineiro fechou o ano de 2016 com alta de 8,2% em relação a 2015, alcançando o valor bruto de R$ 204,43 bilhões. O Estado respondeu por 13,8% do PIB do agronegócio brasileiro.

Os dados fazem parte do levantamento elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, e foi analisado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) em parceria com a Faemg e o Senar/MG.
A agricultura respondeu por 55% do Produto Interno Bruto mineiro no ano passado o que representa R$ 113 bilhões. 

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