Metade dos eleitores não sabe em quem votar em Minas

18/09/2017 às 17:30.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:37

 Metade dos eleitores de Minas Gerais (51%) não sabe em quem votar ou pretende votar em branco e nulo na corrida pelo governo estadual. O dado consta de pesquisa do instituto Quaest, o último levantamento sobre a disputa pelo Palácio da Liberdade. 

O número mostra um amplo leque de possibilidades para pré-candidatos e partidos políticos. São 34% aqueles que pretendem anular o voto. E 17% que ainda não sabem quem escolher. Na prática, um percentual considerável daqueles que pretendem anular ainda pode declarar voto em um dos candidatos, mas só o deve fazer em período próximo à eleição. 
O instituto Quaest testou dois cenários na pesquisa. Um deles com o senador Antonio Anastasia (PSDB) e outro sem ele. O interessante é que nenhum dos dois cenários traz o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS). Nos bastidores, o prefeito não deve disputar. Porém, como em levantamentos de outros institutos ele aparece bem posicionado (na segunda colocação) e tem como característica a imprevisibilidade, não seria de se descartar, ainda, o nome dele nas pesquisas. 
Fernando Pimentel (PT) lidera o cenário mais provável, sem Anastasia, com 23% das intenções de voto. É líder, mas poderia estar melhor posicionado, tendo em vista que tenta a reeleição. 

O PT tem percentual histórico de 30% nas eleições. Pimentel está abaixo inclusive do percentual de votos que deu o cargo a ele. O governador foi eleito com 53% dos votos válidos. Perdeu eleitor, portanto. 

Entretanto, Pimentel não está em situação ruim, pois ainda não existem adversários consolidados para enfrentá-lo. Marcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte filiado ao PSB, é o segundo colocado na pesquisa com 11% das intenções de voto. 
O problema de Lacerda é conseguir uma rede de partidos para entrar bem na disputa. Uma alternativa seria a união com Dinis Pinheiro (PP), pré-candidato que conta com o apoio dos tucanos e tem 3% da preferência do eleitor. 

No páreo está ainda o prefeito de Betim, Vitorio Mediolli (PHS). Aliados dizem que o prefeito passou por um mal-estar com Pimentel, o que o levou a pensar sobre a hipótese de lançar-se candidato. Mas é improvável que leve a ideia adiante. 
Rodrigo Pacheco, deputado federal pelo PMDB, é apontado por petistas como potencial adversário. O entrave de Pacheco é também partidário. O PMDB é hoje aliado de Pimentel. Para sagrar-se candidato, o deputado precisaria de mudar de partido e alicerçar, desde já, a base para a campanha. Pimentel, Lacerda e Dinis Pinheiro percorrem o interior mostrando a cara. 

Em um segundo cenário, a Quaest inseriu Anastasia. A vantagem de Pimentel caiu. Ele tem 19% frente a 16% do tucano. O problema do PSDB é que Anastasia está irredutível. Não quer entrar no pleito. 

A Quaest ouviu 2.200 pessoas em 189 municípios entre os dias 1 e 4 de setembro.

Senado

Na pesquisa para as duas vagas ao Senado, estão na frente Dilma Rousseff (PT), com 12%, e Aécio Neves (PSDB), com 10%. O terceiro é Marcio Lacerda com 8%.

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