Pimentel espera que Haddad o leve ao segundo turno em Minas

19/09/2018 às 23:48.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:33

A campanha do governador Fernando Pimentel (PT) joga todas as fichas na possibilidade de o candidato do partido, Fernando Haddad, também ir a uma segunda rodada nas eleições presidenciais.

O crescimento de Pimentel, dizem aliados, pode depender também da subida de Haddad. Se o petista ir à segunda rodada do pleito nacional, possivelmente disputando com Jair Bolsonaro (PSL), crescem as chances das eleições em Minas também serem definidas em uma etapa posterior. Essa é a aposta dos petistas, mediante a distância de mais de 10 pontos percentuais do atual governador para o senador Antonio Anastasia (PSDB). 


Na próxima sexta-feira, por exemplo, Fernando Haddad desembarca em Minas para cumprir agenda com Pimentel. O governador ainda espera “pegar carona” na boa fase eleitoral da ex-presidente Dilma Rousseff, que tentará uma vaga no Senado.

Existe o temor de que a eleição termine no primeiro turno. Por isso, a campanha petista explora, no rádio e na televisão, propaganda que liga Anastasia a Aécio. 
Por outro lado, os tucanos estão animados com a possibilidade de fechar a fatura na primeira etapa. Acusam a campanha adversária de desespero e não pretendem usar denúncias de corrupção contra Pimentel, na operação Acrônimo.

Também de carona

Na campanha de Antonio Anastasia, a “carona” fica por conta do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). Sem decolar nas pesquisas e vendo os adversários saltarem à frente, Alckmin reforçou a campanha em Minas Gerais, em que Anastasia lidera a corrida pelo Palácio da Liberdade.
]Ontem, ele desembarcou no Estado para agenda com o candidato a governador em Pouso Alegre. 

TV na frente
Na hora de se informar para escolher o novo presidente do país, os brasileiros preferem os meios tradicionais. Em pesquisa realizada pela Ipsos, 48% dos entrevistados consideram que os debates na TV trazem informações mais importantes do que os demais meios. 

Proporção parecida dos entrevistados (47%) escolheu a propaganda eleitoral na TV como meio mais importante na hora de decidir em quem votar para presidente. A opinião de amigos e familiares ficou em terceiro lugar com 23% da preferência.

Grande aposta dos candidatos com pouco tempo de propaganda gratuita, os meios digitais apareceram depois da TV. Notícias de portais e comentários nas redes sociais tiveram a preferência de 14% dos entrevistados seguidos por propaganda eleitoral no rádio (9%), comentários nos aplicativos de mensagens instantâneas (5%) e vídeos no Youtube (4%). Os entrevistados puderam escolher até três opções.

Apesar da riqueza de informações da internet, o principal canal de informação para a decisão de voto continua sendo a TV, tanto pela importância dos debates quanto pela propaganda eleitoral. Mas existe uma diferença na influência declarada dos meios entre os diversos recortes demográficos. Quanto maior a escolaridade, menor o peso da propaganda eleitoral na TV e maior o peso dos debates como influenciador. Para esse público, as notícias de portais de internet ganham mais força”, comenta Danilo Cersosimo, diretor de Opinião Pública na Ipsos.

A Ipsos entrevistou 1.200 pessoas em 72 cidades das cinco regiões do país de 1º a 11 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.


 

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