Prefeitos pressionam Fernando Pimentel

20/08/2018 às 20:35.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:01

Cerca de 500 dos 853 prefeitos mineiros fazem hoje uma mobilização para pressionar o governador Fernando Pimentel (PT) a pagar os repasses em atraso. Conforme a Associação Mineira de Municípios (AMM), a dívida com as prefeituras bate a casa dos R$ 8 bilhões.

Por isso, os prefeitos irão se concentrar na Cidade Administrativa e descer de carro até o Palácio da Liberdade. O ato ocorre em plena campanha eleitoral e pode afetar os planos de reeleição de Pimentel. Entre petistas, existe discurso uníssono de que o governador não está bem nas pesquisas que mostram as intenções de voto em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, porém, está na frente interior afora. E é justamente a exposição da situação no interior que os prefeitos pretendem mostrar.

Se o presidente da AMM, Julvan Lacerda (MDB), que faz oposição a Pimentel, conseguir levar mesmo uma grande claque de prefeitos às ruas, o governador poderá colocar as “barbas de molho”. Mas, se o movimento de hoje fracassar, pode representar força petista ainda no interior. 

Os gestores cobram, segundo a AMM, recursos do IPVA e ICMS para a educação, transporte escolar, Piso Mineiro de Assistência Social e repasses da Saúde, além de multas e correções dos atrasos. A falta destes repasses, conforme Julvan, tem obrigado as administrações municipais a utilizarem recursos próprios, o que acaba sendo um paliativo que pode comprometer outras necessidades básicas como infraestrutura e folha de pagamento. 

Prefeitos preparam faixas, cartazes e até camisas personalizadas para protestar contra o atraso de repasses do governo estadual.

Lula em alta

Chamou a atenção do eleitor a pesquisa publicada ontem pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) o avanço do ex-presidente Lula (PT). Ele venceria o primeiro turno do pleito com 37,3% das intenções de voto. O deputado Jair Bolsonaro (PSL) tem 18,8%, Marina Silva (Rede) tem 5,6%, Geraldo Alckmin (PSDB) tem 4,9%, Ciro Gomes (PDT) outros 4,1%, Alvaro Dias (Podemos) está com 2,7%. Os demais não chegam a 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 14,3% e indecisos 8,8%. A pesquisa mostra o quão importante é uma rápida decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a candidatura de Lula. 

Caso o ex-presidente Lula seja impedido de concorrer a presidente da República, dos 37,3% que afirmam votar nele na pergunta estimulada, 17,3% iriam para Fernando Haddad, 11,9% para Marina Silva, 9,6% para Ciro Gomes, 6,2% para Jair Bolsonaro, 3,7% para Geraldo Alckmin, 0,8% para Guilherme Boulos, 0,7% para Alvaro Dias, 0,7% para Henrique Meirelles, 0,5% para Vera; 0,3% para Cabo Daciolo, 0,3% para João Amoêdo, 0,1% para João Goulart Filho, 31,3% para branco/nulo e 16,6% se declaram indecisos.

 Nos cenários de 2º turno sem o ex-presidente Lula, observa-se empate técnico nas seis simulações realizadas, envolvendo os nomes de Jair Bolsonaro, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. Verifica-se, ainda, grande número de votos brancos, nulos e de indecisos. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 18 de agosto de 2018. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob o número BR-09086/2018. 


 

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