Presidente da Cemig pede licença e não deve voltar

25/05/2018 às 22:21.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:17

Conforme adiantei aqui, Luiz Humberto Fernandes assumiu a vice-presidência da Cemig, posto que estava vago e era acumulado pelo diretor-presidente Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga. O Conselho da Companhia aprovou a destituição de Bernardo da vice-presidência e ainda concedeu a ele licença do posto de diretor-presidente por um mês. Mas, nos bastidores, Bernardo não deve retornar. A Companhia teria pedido a ele para considerar a licença enquanto busca no mercado um nome para substituí-lo.  Enquanto isso, o recém-chegado à empresa, Luiz Humberto Fernandes, assumirá interinamente a presidência.  Quando a Cemig passou por uma grave crise, com a venda das quatro usinas hidrelétricas em leilão, cogitou-se a saída de Bernardo Salomão. Porém, para não desagradar o mercado e refletir no preço das ações, o presidente foi mantido.  Pegou mal Pegou muito mal o estranhamento entre o governador Fernando Pimentel (PT) e o presidente Michel Temer (MDB), em Belo Horizonte, e provocado pelo primeiro. Era um evento comemorativo, ao Dia da Indústria e à posse de Flávio Roscoe na presidência da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). O auditório estava lotado de toda a claque política e econômica do Estado. Foi então que Pimentel decidiu alfinetar Temer no discurso. Mas jogou pedra sem olhar para o próprio telhado. Disse que a política de preços da Petrobras era absurda, que o país vivia um “descontrole social” por conta da crise. Culpou o governo Temer pelo alto preço do combustível e ainda disse que os estados não poderiam arcar com mais essa conta. Por óbvio, foi vaiado pela plateia. Temer estava ali ao lado quando recebeu um bilhete. Era um aviso de que os caminhoneiros haviam cedido (mais tarde, viu-se que a classe recuou).  Quando pegou o microfone, foi mais elegante. Comunicou o acordo eminente com os caminhoneiros e disse que esperava que o governador reduzisse o imposto estadual embutido no combustível. Foi aplaudido.  Não era hora nem local para a cobrança de Pimentel. Mas, já que o fez, o objeto também era estranho. É que o preço da gasolina, por exemplo, em Minas tem 31% de imposto estadual (o governo aumentou a alíquota no ano passado). De imposto federal são 16%. Ou seja: não seria o caso do governador também dar a colaboração dele para ajudar a reduzir o valor do combustível?  A política de preços da Petrobras leva em conta o preço do barril de petróleo. O dólar entra, pois grande parte do insumo é importada. Mas o que pesa mesmo é o imposto. Quando Dilma era presidente, congelou o preço do Brent. Assim, quando o petróleo aumentava no mercado internacional, a empresa arcava com o custo. O resultado está aí.  PDT e Pros anunciam apoio a LacerdaO ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) conseguiu o apoio do PDT e do Pros na pré-campanha pelo governo de Minas. Com isso, ele terá dois dos cerca de nove minutos do programa eleitoral gratuito. Com o anúncio, Lacerda viabilizou a candidatura. Os três partidos farão um comunicado conjunto no próximo dia 5 de junho.    

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