Presidente eleito da Fiemg leva demandas da indústria a Temer

09/05/2018 às 21:07.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:45

O presidente eleito da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, levou ao presidente da República, Michel Temer (MDB), as demandas da indústria. As duas principais delas são o Bloco K e o e-Social, medidas implementadas pelo governo federal que afeta as empresas. De forma escalonada, a União cobra dos industriais uma série de informações que faz parte da adesão de todos aos e-Social. 

Roscoe pediu para que, no primeiro momento, as multas e penalidades possam ser educativas. As empresas terão que repassar ao governo federal dados de todos os trabalhadores, como folhas de pagamento, segurança, admissões, desligamentos e até informações sobre a saúde dos empregados. Para o presidente da Fiemg, é preciso um tempo para que as indústrias possam se adaptar. 

Pela proposta do governo, no cruzamento de dados, se houver informações que não batem, o empregador será punido. Também existe penalidade para quem não enviar todos os dados. É uma espécie de Big Brother do trabalhador, nas mãos da União, que exigirá esforço hercúleo das empresas. 
Já o Bloco K é uma versão digital do Livro de Escrituração e Estoque em que as empresas são obrigadas a detalhar todas as especificações de produtos. É um detalhamento micro que também requer tempo para adequação. 

Ao fim da audiência com Temer, realizada na última terça-feira, o presidente eleito da Fiemg, que estava acompanhado do atual gestor da entidade, Olavo Machado, convidou o presidente para a solenidade de posse, marcada para o próximo dia 24. De pronto, Temer aceitou o convite e confirmou presença. Será a segunda vez que o presidente desembarca em Minas Gerais e a primeira que vem a Belo Horizonte, após assumir o cargo. Na semana passada, o presidente esteve em Uberaba.

Novo juiz

O presidente Michel Temer nomeou o advogado Tiago Gomes de Carvalho Pinto para a vaga de juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Formado em Direito pela Faculdades Milton Campos, o novo juiz tem doutorado pela UFMG. É professor de Direito Tributário, presidente do Conselho de Assuntos Federativos da OAB-MG, ex-pró-reitor da Uni-BH e ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
Tiago assume o cargo em momento de extrema relevância, em função das eleições deste ano.

Vida pós-impeachment
A percepção de mais da metade dos brasileiros é de que a vida depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) permaneceu igual. Para 56,2% dos entrevistados, ela permaneceu igual. Tendo em vista que Dilma deixou uma gestão com altos níveis de impopularidade, herança que Michel Temer não conseguiu reverter, pode-se inferir que os brasileiros acreditam que tudo está igual ao que era ruim. Isso é mais um balde de água fria nas pretensões do presidente Temer em tentar mais um mandato. Conforme levantamento do Instituto Paraná, 34,3% dos entrevistados acreditam que a vida piorou. Apenas 8,3% diz que ela melhorou. 

 

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