Preso no Rio, empresário do guardanapo atuou em Minas

23/11/2017 às 22:43.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:51
 (Fábio Motta/Estadão Conteúdo)

(Fábio Motta/Estadão Conteúdo)

O empresário Georges Sadala, famoso por aparecer em uma foto em Paris, ao lado de Sérgio Cabral e trupe, com guardanapos na cabeça, também atuou em Minas Gerais. Preso ontem em mais um desdobramento da “Lava Jato”, o amigo do senador Aécio Neves (PSDB) venceu concorrência em Minas em 2010.

Na época, integrou o consórcio Minas Cidadão, contratado, por meio de Parceria-Público Privada, para implantação, gestão, operação e manutenção das UAIs (Unidades de Atendimento Integrado) de Betim, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberlândia e Varginha.

O contrato foi fechado durante o governo do senador Antonio Anastasia (PSDB), afilhado político de Aécio. Por meio de nota, Anastasia informou que “o valor contratual consistiu na soma de R$ 311 milhões para um período de 20 anos de concessão, a depender da avaliação do verificador independente”. E também: “Além do verificador independente, por cláusula contratual, a concessionária deve observar os mais altos padrões éticos durante a execução do contrato e permitir que o Banco Mundial inspecione suas contas, registros e quaisquer outros documentos relativos a apresentação de ofertas e cumprimento do contrato, além de submetê-los a auditoria do próprio Banco Mundial.

Sadala teve como padrinho de casamento Aécio Neves. O senador não se manifestou.

Polêmica
O deputado estadual João Leite (PSDB) chamou os manifestantes da Frente Nacional Contra a Censura de “pedófilos”. Ele referia-se aos participantes do protesto em frente ao Palácio das Artes, na noite da última terça-feira. Na ocasião, foi lançada a Frente Nacional Contra a Censura, que reuniu artistas e parlamentares.

O equilibrista do ano
Enfrentar um mercado oscilante, com preços que vão e vêm, atuar em um país em que a polícia dita os rumos da economia (com uma sucessão de escândalos na política) requer certo equilíbrio. Quem conseguiu conciliar de maneira mais eficaz essas premissas, em 2017, foi o diretor de Finanças e Negócios Imobiliários da AngloGold Ashanti, Agostinho Tibério Marques. Ele recebeu o prêmio de Executivo do Finanças do ano, chamado prêmio Equilibrista. A homenagem foi oferecida pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de Minas Gerais. Agostinho tem 35 anos de carreira no setor de mineração.

Para o próximo ano, ele espera a retomada, gradual, da economia, o que possibilitaria expansão de investimentos. Sem falar em números, Agostinho informa que a AngloGold Ashanti, cujo principal negócio é o outro, irá investir na modernização e otimização dos processos produtivos. Produzir mais com as minas que já possuem. “Temos previsão de investimentos na otimização das operações, na pesquisa mineral e em inovação e tecnológica”, afirmou.

Para o ano que fica para trás, o lamento, bem como o resto do setor, do aumento dos royalties minerais. “Infelizmente isso acarreta um impacto no custo das operações no momento em que o preço das commodities está volátil”, concluiu.

Pensando no futuro a expectativa é a de que, em 2018, os rumos da política, com eleições presidenciais, não culminem em retrocesso na economia. Só sendo mesmo um equilibrista!
 

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