PSDB decide rumos: em pauta, mudança de nome, cisão ou debandada de lideranças

30/10/2018 às 21:57.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:31

Está agendada para os próximos dias, em Brasília, uma reunião da cúpula do PSDB nacional para discutir os rumos que a legenda tomará. Lideranças estão insatisfeitas com o pífio desempenho eleitoral e falam em uma “mudança drástica”.
Passada a agonia das urnas, ficou o sentimento de que o partido terá que se reinventar para surfar na nova onda da política que toma conta do país. 

A duras penas o PSDB conseguiu manter sob a égide da sigla o Estado de São Paulo. Mas mesmo essa eleição trouxe divisões internas difíceis de serem contornadas. O modo de agir de João Doria, eleito governador, com críticas a Geraldo Alckmin (PSDB) e flerte com Jair Bolsonaro (PSL), deixa insatisfeitas diversas lideranças. “Doria saiu da eleição praticamente como inimigo do Alckmin. Como os dois continuam no mesmo partido? Não tem jeito”, afirmou um tucano. 
E muitos dos tucanos acreditam que, do jeito que está, o PSDB pode acabar reduzindo as bancadas de vereadores e o número de prefeitos no próximo pleito, a exemplo do que ocorreu em 2018. 

Por isso, já surgem ideias como a cisão da legenda ou a troca de nome. Outros falam em refundação, com novo programa ideológico e filiação de novas lideranças. Caso nenhuma dos cenários vingue, o ninho tucano será esvaziado, com a saída de afiliados. 

Por enquanto, três ministérios
Aliados do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmam que, até o momento, apenas três ministérios tem nomes certos. General Heleno, na Defesa, Onyx Lorenzoni (DEM), na Casa Civil, e Paulo Guedes na Fazenda. 
“O resto é especulação”, afirmou um aliado. Esses três foram convidados, aceitaram e são nomes certos. Os demais postulantes ainda receberão convites ou negociam eventual participação. 
O modelo de transição também está em negociação com o Palácio do Planalto. 

Queda
Depois de ver as ações subirem 507% nos últimos três meses, a fabricante de armas brasileira Taurus viu as ações caírem, em média, 30% ontem. 
Jair Bolsonaro defende o porte de armas, porém, já disse que não vê com bons olhos o monopólio do setor.

Em compasso de espera
Deputados estaduais estão em compasso de espera. Esperam por algum gesto do governador eleito Romeu Zema. Por enquanto, ninguém arrisca dizer como será o relacionamento.

Zema prega uma nova forma de fazer política, que ainda não foi testada no país. Minas Gerais será o primeiro Estado administrado pelo Novo. 

Enquanto aguardam, os deputados intensificam as articulações para a escolha do presidente da Assembleia Legislativa. Agostinho Patrus (PV) é os mais citados por eles. 
Porém, Romeu Zema ainda não decidiu quem o novo governo apoiará. Não faltam postulantes!


 

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