Afundado em dívidas, o PT de Belo Horizonte deu início a uma “vaquinha” entre os filiados para arrecadar recursos. Nos bastidores, espera-se que cada deputado contribua com algo em torno de R$ 3 mil.
O Partido dos Trabalhadores deve meses de aluguel e acumula até dívida trabalhista. A legenda teve que fechar a sede, na Rua dos Timbiras, por conta dos atrasos.
O presidente municipal da legenda, vereador Arnaldo Godoy, prefere não falar em “vaquinha”, mas admite os débitos. “Estamos fazendo uma reorganização do PT. Temos dívidas. Estamos convocando petistas para contribuir”, afirmou.
Godoy disse que não se trata de dívida de campanha. “É infraestrutura, TRE (Tribunal Regional Eleitoral), manutenção. Tem parte de aluguel, IPTU, trabalhista”, disse.
O presidente não quis mensurar o valor dos débitos. “Estamos fazendo essa conta ainda”, desconversou. Mas há petista que garante que só com os atrasos relativos ao imóvel da antiga sede seriam quase R$ 100 mil.
Godoy diz que a reorganização vai abarcar não apenas as contas no vermelho, mas a militância e um diálogo aproximado com a sociedade.
Ciro de volta
Ciro Gomes (PDT) parece ter tomado gosto pelos mineiros. Desde junho já esteve ao menos três vezes no estado. Na próxima sexta-feira desembarca de novo em Minas para a eleição de diretórios regionais do PDT em quatro municípios: Belo Horizonte, Contagem, Governador Valadares e Montes Claros. Ele pretende ir a todos eles.
Ciro apresenta-se como alternativa para o Brasil. Nos discursos, fala sobre como enfrentar a crise econômica e discorre sobre como chegamos a ela. Não poupa críticas a Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Lula (PT) fica de fora dos ataques. A versão Ciro 2017 tem um certo ar “paz e amor”. No meio político fala-se em uma possível aliança entre Ciro e Lula para 2018.
Andança
Potencial candidato ao governo de Minas, o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB), advogado e também presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, ministrou palestra sobre a reforma do Código de Processo Penal a alunos da Faculdade Kannedy, em BH.
Gastronomia e economia
De acordo com pesquisa feita pelo Target Group Index, solução da Kantar IBOPE Media, o interesse pela gastronomia vem aumentando na mesma proporção em que gera negócios. Quarenta e seis por cento dos entrevistados concordam com a frase “cozinhar me fascina”. Nos últimos cinco anos, esse interesse cresceu 15% entre os homens de 18 a 34 anos e 2% entre as mulheres na mesma faixa etária. Cerca de 30% das pessoas que concordam com a frase tendem a confiar mais nos produtos que os apresentadores de TV indicam e 25% delas afirmam que celebridades influenciam suas decisões de compra.
Conforme o levantamento, a compra de espaço publicitário em programas culinários e realities shows do gênero movimentou o equivalente a R$ 839 milhões no 1º semestre de 2017, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando TV aberta, paga e merchandising.