Quanto menor o desenvolvimento, mais Lula avança

25/10/2017 às 18:01.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:23

Se a passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Ipatinga, Governador Valadares e Teófilo Otoni foi marcada por grupos anti-petistas, a subida ao Nordeste de Minas foi aclamada. A percepção de quem esteve com Lula ou mora nas cidades visitadas do Vale do Jequitinhonha é a de que quanto menor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), maior o desejo em ver Lula de volta ao Palácio do Planalto. 

“Aqui, é Lula puro. As senhoras param na rua para ver o Lula. Ele é recebido como rei aqui”, afirmou o deputado estadual Rogério Correia quando desembarcava em Itinga, cidade em que o então presidente anunciou, em 2003, a criação do programa Fome Zero, percussor do Bolsa Família.

Desde terça-feira o petista percorre cidades do interior mineiro em um ônibus plotado. São de dois a três municípios visitados por dia. Lula faz as refeições dentro do ônibus. Uma comitiva de lideranças do PT o acompanha. Durante o itinerário entre cidades, as lideranças revezam os lugares dentro do ônibus. Quem fica de fora, vai em veículos escoltando Lula. Policiais militares também acompanham o trajeto. 

Nos momentos em que foi hostilizado, nas primeiras cidades por que passou, Lula ouviu gritos de “ladrão” e “Bolsonaro”. 
A passagem por Minas, segundo maior colégio eleitoral, mostra que o petista perdeu a popularidade de antes, mas ela é insuficiente para derrubá-lo, neste momento. Sem lideranças expressivas para as eleições de 2018, o país pode ter um pleito em que os principais nomes girem entre Lula e Bolsonaro. Mas, como política é como nuvem, se o ex-presidente for impedido de competir, o cenário muda. O problema do PT é justamente esse: Lula é tratado como rei, único nome da esquerda. Rei posto...

Oposição

A oposição ao governador Fernando Pimentel (PT) entrou com uma ação coletiva, pedindo liminar na Justiça para que o Estado pague em dia a parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devida aos municípios. 
“Os requeridos, ao não efetuarem o repasse integral da parcela do ICMS pertencente aos Municípios, à revelia das normas que regem a espécie, atentam, por isso, contra o pacto federativo, o patrimônio público e social, bem como, contrariam a legalidade e moralidade administrativas”, diz trecho da ação, assinada por 14 deputados da oposição, dentre eles, Gustavo Correia, Gustavo Valadares, Sargento Rodrigues e Antônio Jorge.

  

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