Uma nova lista de Furnas

08/06/2017 às 18:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:59

 Mais de 11 anos após a divulgação da Lista de Furnas, uma nova rodada de denúncias traz à tona um escândalo que ficou no descrédito e na impunidade. Em 2006, a revista Carta Capital divulgou uma lista com 156 políticos que teriam recebido propina da estatal Furnas Centrais Elétricas.

O PSDB questionou a autenticidade do documento e acusou a divulgação como um contraponto ao Mensalão petista. Entre as lideranças suspeitas estava o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente da estatal Dimas Fabiano Toledo, apontado como operador do esquema. A Polícia Federal ficou com o inquérito aberto por seis anos. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro apresentou denúncia contra alguns acusados, ficaram de fora os figurões da política, com foro privilegiado.

Neste ano, o processo foi reaberto. A propina daquela época teria registro em candidaturas dos anos 2000, quando Dimas comandou a estatal, nomeado por Lula e indicado e mantido no cargo pelo PSDB mineiro. Depois de Dimas, passou por Furnas, Luis Paulo Conde e Carlos Nadalutti, só para ficar em algumas indicações do PMDB.

Conforme noticiou o Hoje em Dia, em 2015, Nadalutti foi processado pelo Ministério Público Estadual mineiro por suspeita de ter lesado os cofres em R$ 9,9 milhões, em um contrato muito esquisito com empresas de engenharia. Aqui em Minas, veio o bloqueio dos bens dele. Nadalutti foi indicado por Eduardo Cunha.

No ano passado, o ex-senador Delcídio do Amaral disse, em delação premiada, que Furnas era loteada para manter esquema de corrupção, com pagamento de propina a políticos. Isso, desde a época de Dimas. Ontem, as polícias do Rio e de São Paulo foram até uma residência de Dimas. Nadalutti também foi alvo. Temos, então, uma nova lista de Furnas? E o que acontecerá com a primeira? Quando teremos a resposta a essas perguntas? 

Vale lembrar que os envolvidos sempre negaram qualquer irregularidade.

Para dar caldo

Pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio) mostra que, após várias datas comemorativas com desempenho inferior aos de anos de bonança, o varejo aposta agora nas festas juninas para alavancar as vendas.

O levantamento indica que 76,8% dos empresários desse ramo estimam um volume de vendas igual ou superior ao do ano passado. O movimento maior é esperado para a segunda quinzena de junho, devido aos dias de São João (24) e São Pedro (29). Para atrair os clientes, a maioria (63,2%) investiu ou investirá em produtos específicos para o período ao longo do mês e na primeira quinzena de julho, já que as celebrações costumam se estender até lá. Os principais artigos serão canjica (73,8%), amendoim (66,7%) e doces (46,4%).

Encontro

Por falar em varejo, encontram-se abertas as inscrições para o 1° Encontro de Negócios, que acontece no dia 1º de julho, no Vila da Serra, em Nova Lima. O evento é promovido por empresários mineiros e gestores de marcas reconhecidas no mercado e é uma oportunidade para troca de experiências. 

  

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