CasaCor Minas e a Moda

13/08/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:03

Essa semana fui convidada para o brunch de imprensa e influenciadores digitais no pré-lançamento da CasaCor Minas. O local do evento é a extinta Rede Ferroviária Federal, integrante do conjunto arquitetônico da Praça da Estação.

O evento e os ambientes estão incríveis. Porém, um aspecto que sempre me chama atenção na arquitetura é a sua similaridade com a moda. Já dizia a imortal estilista Coco Chanel: “Moda é como a arquitetura, uma pura questão de proporção”.

Vestimenta e moradia são duas necessidades básicas do ser humano, alinhadas à estética e ao bem-estar. Possuem pontos equivalentes como: harmonia, proporção, cor, cultura, gosto pessoal, dentre outros. Na década de 1950, Coco Chanel disse buscar inspirações para as suas icônicas criações de moda em algumas obras arquitetônicas. Da mesma forma, o arquiteto Oscar Niemeyer admitiu que se inspirou diversas vezes na silhueta do corpo feminino, observando suas proporções e curvas.

Várias etapas do processo de Consultoria de Imagem que realizo com meus clientes são realizadas na casa deles. E consigo perceber inúmeras semelhanças entre as roupas usadas e a decoração de onde moram. Nos ambientes da CasaCor Minas não foi diferente.

Alguns arquitetos estavam vestindo roupas de linhas retas, modelagem sofisticada e proporções perfeitas, e repetiam essas mesmas referências nos seus projetos de decoração, com todos os detalhes simplesmente impecáveis. Outros adotavam um estilo mais dramático e urbano em seus looks, e novamente repetiam as mesmas características e inspirações, criando ambientes mais expressivos e fortes.

E não fiquei admirada em perceber que os profissionais que não tinham nenhuma referência pessoal de imagem e estilo tinham os projetos menos interessantes.

Quando ministro palestras e treinamentos para a área, faço esse link entre a profissão e a moda. São áreas ligadas diretamente à estética e beleza. O mesmo bom gosto e senso crítico com que o arquiteto “’vestirá’’ o ambiente pode ser pressuposto através da imagem pessoal que apresenta.

A aparência é uma extensão da nossa personalidade. Inconscientemente, o nosso cérebro faz uma ligação imediata com a mensagem visual que recebe, criando referências positivas ou negativas. Quando nos apresentam uma pessoa que julgamos estar desleixada com sua aparência, a mensagem não é: Ele (a) ESTÁ desleixado hoje. A mensagem é: Ele (a) É desleixado.

Ao contratar um profissional para reformar ou construir uma casa ou local de trabalho, a pessoa está compartilhando seus sonhos. A imagem pessoal do arquiteto/designer de interiores cria ou não uma conexão com o cliente, alinhando uma relação de confiança. Afinal, somos o nosso próprio cartão de visitas.

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