Um grande presente que a cidade recebe há 22 anos, o Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte começou ontem. Vale lembrar que, além dos espetáculos que vão trazer muita emoção e cor à capital, o evento traz uma intensa programação de projetos especiais e extensão como oficinas e workshops – alguns com inscrições ainda abertas.
São 26 locais de apresentação. O site do festival (fitbh.com.br) tem toda a programação e informações detalhadas sobre como chegar a cada local, compra de ingressos e inscrições para oficinas. Até o dia 29 deste mês muita coisa vai rolar por aqui, mas vamos começar com o pé direito no festival? Em mais um recorte de programação, selecionei algumas peças deste final de semana que valem muito a pena conferir, seja pela procedência, seja pela sinopse, ou pelas densas apresentações.
1 – The Gospel According To Jesus, Queen of Heaven (Escócia)
Escrito e representado pela lendária dramaturga, atriz e poetisa transgênero Jo Clifford e dirigido por Susan Worsfold. Um espetáculo humano, sagaz e amoroso em que o pão é compartilhado, o vinho é bebido e as histórias familiares são reinventadas por um Jesus transgênero. Hoje, amanhã e domingo, sempre às 21h, no Museu Mineiro.
2 – O Meu País é o que o Mar Não Quer (Portugal)
Este espetáculo documental nasceu da estadia do ator Ricardo Correia em Londres e foi construído a partir dos testemunhos da nova onda de emigrantes portugueses qualificados que tiveram de sair do país europeu em função das medidas de austeridade adotadas pelo governo. Trata-se da história de uma geração dividida entre partir ou ficar. Hoje e amanhã, às 20h, no CCBB BH.
3 – Uma Maria, um José (França)
Esta peça é francesa, mas baseada em uma história real ocorrida em Barbacena. De 1930 a 1985, mais de 60 mil pessoas foram mortas… No meio deste desastre humano, dois sobreviventes, por algum milagre. Maria Aparecida, cega, surda e muda, e José Marcelino se apaixonaram. Hoje, às 21h, e amanhã, às 19h, no Teatro de Bolso Sesc Palladium.
4 – UZ (Florianópolis)
Um drama que questiona valores absolutamente contemporâneos, esta peça da La Vaca Cia de Artes Cênicas promete marcar os espectadores. Os habitantes de UZ vivem em paz, guiados pelos ensinamentos da Igreja. Até que um dia, Grace, a mais virtuosa entre as mulheres, escuta a voz de Deus. Ele ordena que ela mate um de seus filhos. Para cumprir essa sagrada missão, Grace não deixará pedra sobre pedra. Hoje, às 16h e 21h, e amanhã, às 18h, no Teatro Sesiminas.
Além destes espetáculos, há ainda a oficina “Escritas Coletivas – do pensamento à realização”, em parceria com o Cefart da Fundação Clóvis Salgado, do dia 23 a 29/5, todas as manhãs. Inscrições ainda abertas pelo site do Festival.