O maior programa de castrações da história de Minas Gerais

29/09/2021 às 15:26.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:58

Os veterinários são unânimes em afirmar que a castração é a única maneira ética e eficaz de controle de animais abandonados, além de prevenir diversas doenças em cães e gatos. A castração prematura diminui consideravelmente o risco de a cadela desenvolver tumores de mama, previne doenças sexualmente transmissíveis e doenças reprodutivas, como cistos ovarianos (em fêmeas), hiperplasia prostática (aumento da próstata em machos), além de excluir completamente a possibilidade de piometra (infecção no útero em fêmeas).

Não é exagero falar que, ao castrar um animal, você está salvando centenas ou milhares de outros, já que, na prática, está impedindo que outros nasçam e acabem abandonados. Para ONGs e organizações que atuam na defesa dos direitos dos animais, castrar é uma medida emergencial das mais importantes para o controle populacional de animais de rua. Quem nunca se deparou com pedidos de ajuda para o resgate de filhotes pode não ter a noção de quão grave é o abandono de cães. Mas é desesperador ver seres tão pequenos e frágeis abandonados sozinhos ou com a mãe, que, muitas vezes, é jogada na rua grávida pelos próprios tutores. 

Pensando nisso, o nosso mandato viabilizou 78.500  castrações, com emendas destinadas, pela primeira vez na história de Minas Gerais, para a causa animal. O valor é de exatamente R$ 11.775.000. Não há mágica. O segredo é trabalharmos com foco, alegria, perseverança, satisfação e, sobretudo, amor pelos animais. 

Felizmente alguns desses animais conseguem ser resgatados, tratados e destinados para adoção responsável, entretanto, ainda enfrentamos a triste realidade de 20 milhões de cães abandonados no Brasil. Esse número representa um risco para a saúde humana e dos animais, podendo agravar doenças zoonóticas (doenças transmitidas de um animal para os seres humanos), como a raiva. 

Para que a estatística possa diminuir, uma série de ações são necessárias, como o resgate, a adoção responsável e o controle populacional dos cães através da castração. Antigamente foram utilizados, no Brasil, meios cruéis de controle populacional de animais domésticos, como o sacrifício dos cães de rua. Com o tempo, constatou-se que essas práticas, além de pouco efetivas no controle populacional de cães e no combate às zoonoses, são cruéis e desumanas.

Concluímos, portanto, que, apenas com a castração, o ciclo de abandono será interrompido, impedindo que novos animais nasçam nessa situação tão trágica e fiquem à própria sorte.

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