Precedente perigos

03/09/2018 às 10:14.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:15

O voto do ministro Edson Fachin no processo de impugnação da candidatura de Lula da Silva no TSE abre um precedente curioso e perigoso no Supremo Tribunal Federal, ao avalizar uma recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU. Fachin fez vista grossa para o relatório do ministro-relator Luís Roberto Barroso, que alertou o endosso de apenas 2 dos 18 membros do comitê, e que o grupo é administrativo - e não deliberativo como o Conselho de Direitos Humanos da entidade, este sim, com 47 representantes de países membros. Imagine o cenário: Com o voto de Fachin, a partir de hoje, um réu pode contestar uma sentença do STF e recorrer a este Comitê. Mesmo que apenas um membro se pronuncie e peça o impeachment de um ministro do Judiciário, a mais Alta Corte levará adiante o assunto?

Mico 
O que se comenta desde sexta entre portas de grandes bancas é que Fachin, um grande jurista, atropelou a Lei da Ficha Limpa, ficou isolado no voto e pagou o mico da sua vida.

Povo não perdoa
Em Brasília o ministro Fachin já ganhou nas ruas o apelido de Fachinha (pronuncia-se o ‘ch’ como ‘q’: Fachinha Afiada.

Embolou
Sem Lula, no cenário mais indefinido desde a eleição de 1989, cinco candidatos agora têm chances de crescer e ir a eventual 2º turno: Jair, Geraldo, Marina, Ciro e Haddad.

Pista livre
Circula WhatsApp desde sexta suposta nota da UDC - União dos Caminhoneiros do Brasil, anunciando nova greve geral dentro de 10 dias, com críticas ao Governo Federal por não cumprir parte do acordo, pelo aumento do combustível nas refinarias e - o curioso - solidariedade aos funcionários da Agência Nacional de Transportes Terrestres, cobrando a direção para abertura de postos de fiscalização. Isso chamou a atenção: não é praxe essa aliança.

Bomba cheia
Até ontem, apesar do boato e de alguma correria de motoristas a postos de gasolina, nada aconteceu. Um diretor do porto de Suape - responsável pelo abastecimento de combustível de Pernambuco e boa parte do Nordeste - soltou áudio no fim do domingo tranquilizando contatos, garantindo que o entra e sai de caminhões estava normal. 

Descarrilou..
É incrível a incompetência do Governo do Rio de Janeiro e secretaria responsável pelo turístico bondinho de Santa Teresa parado desde acidente com mortes em 2011. 

..de vez
À época, o Estado chegou a criar uma comitiva de especialistas para estudos, interação e parcerias com a empresa de bondes de Lisboa. Não passou do passeio. 

Olho na porta 
O Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tem perdido o sono com a possível revelação do conteúdo da delação de Aldo Guedes, que era o operador do PSB de Pernambuco.

Voto em rede
Uma pequena amostra do poder de mobilização de eleitores de Jair Bolsonaro nas redes sociais. A Coluna soltou enquete no Twiiter com a pergunta: “Você concorda com as ideias de Bolsonaro?”. Foram 1.115 votos de internautas de todo o País, em 24 horas, nos últimos dias 29 e 30 de agosto: 78% responderam sim, e 22% não. 

Toga Quente
Em outra enquete, na sexta à noite, durante a votação da impugnação de Lula da Silva, perguntamos no Twitter: “Você acredita na lisura dos ministros das Cortes superiores do Brasil?”. Houve 126 votos em 20 horas: 90% disseram não, 6% sim, e 4% responderam depende do Tribunal.

Insatisfação geral 
A pouco mais de um mês da eleição, as pesquisas continuam a indicar que o povo está insatisfeito com todos os candidatos, em vários Estados, confirmando a tese de que os eleitos chegarão ao cargo rejeitados, com a missão de reverter a confiança do povo.

Maior colégio 
Não é diferente na disputa para o Governo de São Paulo. A Paraná Pesquisas ouviu 2 mil eleitores em 85 cidades paulistas, e perguntou em quem não votaria “de jeito nenhum”. O governador Márcio França (PSB) tem 55,3% de rejeição; índice que chega a 58,1% para o petista Luiz Marinho. João Dória (PSDB) aparece com 47,4%, e Paulo Skaf (MDB), que duela com o tucano pelo Governo, surge com 44,1%.

Água na fonte
Nenhum candidato a presidente fala na importância da preservação de matas e água - tampouco se vê Marina Silva, ex-ministra do tema, defendendo isso. Mas não passa batido no Distrito Federal, que já sofreu com racionamento. Candidatos ao GDF passaram ontem pela Serrinha do Paranoá, região estratégica para o fornecimento de água (30% da água potável do Lago) para debate com a comunidade sobre preservação da região.

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