A febre do “dinheiro de volta” e o autocontrole

29/06/2018 às 20:19.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:06


Há pouco mais de 20 anos, a Internet, que começou como projeto militar do governo norte-americano, durante a Guerra Fria, e depois seguiu para as universidades-, passou a ser aberta para uso geral, em todo o planeta. 
A exploração econômica de recursos oferecidos pela avançou timidamente, mas, aos poucos, deu grandes saltos. 


Não à toa, a denominação “.com”, que batizou a maioria dos endereços da rede, a partir de 1995, é abreviação da palavra inglesa “commerce”, ou comércio. 

De dez anos para cá, tal vocação explodiu. E uma das febres mais recentes nesse ambiente é o chamado “cashback”, sistema que possibilita ao consumidor reaver parte do dinheiro gasto em compras via Internet - ou mesmo em lojas físicas -, em operações intermediadas por sites ou aplicativos de celular.


De 2016 até agora, levantamento do <CF39>Hoje em Dia</CF> mostra que, somente na capital mineira, o setor de “cashback” (ou “dinheiro de volta”, em português), contabilizados os números de três das principais empresas que oferecem a ferramenta na cidade, cresceu 77,3%, em relação ao total de usuários. A quantidade de belo-horizontinos usando o sistema passou de 265 mil para 470 mil.


Os motivos disso, sem dúvida, são a praticidade e a economia para o consumidor. Afinal, nada melhor do que comprar produtos de maneira rápida e segura - em lojas parceiras das empresas de cashback - e ainda receber de volta, como “prêmio”, percentuais generosos sobre o valor gasto. 


O problema, porém, é transformar as inegáveis vantagens do sistema em um hábito, deixando de lado a necessidade real de aquisição de produtos ou serviços. 

O “dinheiro de volta” é válido, por exemplo, para mercadorias que seriam compradas de qualquer forma, como itens de uso diário. Também compensa, vez ou outra - e dependendo do percentual devolvido -, para produtos de alto valor de mercado, como móveis ou eletroeletrônicos. 

O que não se aconselha, porém, é que as pessoas cedam a impulsos de compra apenas por encontrar promoções “atraentes” ou “imperdíveis” no sistema. Se isso ocorre, o gasto pode ultrapassar o que se obtém de volta e qualquer vantagem fica em segundo plano. 
 

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