A hora de tomar atitude é agora

20/02/2017 às 20:47.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:38

A febre amarela coloca em alerta as autoridades mineiras. E com razão. A doença, que não aparece em centros urbanos desde a primeira metade do século passado, está chegando cada vez mais próxima de cidades populosas com alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue, da zika e da chikungunya. Apesar dos sintomas parecidos, a febre amarela se difere desses outros males não só pela coloração que dá à pele do paciente, no caso da forma mais grave, mas principalmente pela letalidade, que pode chegar aos 50%. 

Passados os primeiros dias de grande apreensão com o anúncio dos primeiros casos no ano, que provocou uma corrida aos postos para vacinação, parece que as pessoas se esqueceram um pouco da importância do momento em que vivemos. As filas nos postos já não são tão grandes nem mesmo nas cidades que confirmaram casos. 

Pois é justamente nesta hora que a ação preventiva deve ser ainda mais intensificada. O fato de a população rural das áreas onde houve casos já terem sido imunizadas não pode fazer com que baixemos a guarda. 

Nos próximos dias milhares de pessoas estarão em Belo Horizonte para o maior Carnaval da história da cidade. Da mesma forma, outras milhares viajarão para fora da capital em busca de sossego em áreas silvestres. O risco de que a doença se espalhe e chegue aos centros urbanos é real. E se o vírus chegar aos locais com grande número de focos de mosquitos transmissores (por culpa da falta de consciência da própria população), as consequências podem ser as piores possíveis. 

Por isso, a homologação dos decretos de emergência em 63 municípios do Estado se faz extremamente necessária. Essas cidades precisam neste momento de ações mais intensas de proteção para que a doença não saia da zona rural. 

E cabe aos moradores não só das áreas de risco, mas de todo o Estado, deixar de lado de uma vez por todas a preguiça e a falta de zelo com a própria vida e com a do próximo e acabar com os focos de mosquito. Não vamos esperar a doença fazer milhares de vítimas para acabar com ela. 

Ao contrário da dengue, a morte por febre amarela não é raridade. 

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