A solidariedade em prol do Sofia

24/02/2018 às 12:24.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:33

Referência nacional em atendimento humanizado a gestantes e crianças, o Sofia Feldman, maior maternidade do país em número de partos, pede socorro. A instituição enfrenta há alguns anos enormes dificuldades financeiras, mas, sem dúvida, essa é a pior crise da história do local que prima pelo atendimento às grávidas e seus bebês.

Sem receber o 13º, 40% dos 1.200 trabalhadores do Sofia estão em greve há cerca de 20 dias. O salário deste mês também está pendente. Para a metade dos trabalhadores foram pagos 70% do valor devido. Não há, porém, previsão de quando a dívida com todos os funcionários será quitada. Atualmente, a maternidade possui um déficit mensal de estimado em mais de R$ 2 milhões. O cenário atual inclui prateleiras hospitalares vazias, estoques zerados e falta de até insumos básicos.

Para manter as portas do espaço abertas, é preciso contar com a solidariedade. Uma corrente do bem, que envolve dezenas de voluntários, se formou em prol da maternidade. Um setor de captação de recursos foi criado para buscar doações e suprir as necessidades do hospital. No departamento chegam desde fraldas e fórmulas de leite até lençóis e materiais necessários para o trabalho da equipe médica.

Até um brechó é organizado pelas funcionárias. O dinheiro arrecadado é pouco, mas de grande valia. É empregado em emergências. Mas a situação segue no limite.

Com o intuito de aliviar a dor e a penúria do Sofia, surgiram as “madrinhas do Sofia”. A obstetra Quésia Villamil, que já trabalhou por lá, encabeça uma campanha de adoção de leitos da maternidade. Outra estratégia é fazer um leilão das roupas que ela usou durante a gravidez. Peças da filha pequena também serão vendidas. Com 25 mil seguidores no Instagram, ela chama outras mães e gestantes para prestigiarem o evento, em 17 de março, que vai captar recursos para o hospital.

Interessados em ajudar poderão doar as “moedas leitos”. Os participantes do projeto podem fazer doações mensais que variam de R$ 50 a R$ 800. Os padrinhos terão informações sobre o leito adotado, além de conhecer histórias dos pacientes. Já fotógrafa Paula Beltrão promoverá em maio um bazar para ajudar a maternidade. O Sofia conta com o carinho de todos para sobreviver.

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