Alto grau de destruição do vírus da febre amarela

23/01/2018 às 06:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:54

Todos os alertas sobre a febre amarela já foram lançados, mas, ao que parece, ainda é pouco. Tanto que, na semana passada, reportagem do Hoje em Dia mostrou que nada menos do que 3,5 milhões de mineiros ainda não haviam se protegido contra a doença. Acorda, gente! 

Agora, vem novo dado alarmante: quem tem o vírus da febre amarela tem muito mais chances de morrer do que os que contraíram dengue, chikungunya ou zika. Levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostra que de julho de 2017 até o momento já foram registradas oficialmente 16 mortes por febre amarela, dos 22 casos verificados no período, o que representa uma taxa de letalidade de 68,2%, enquanto nas outras três doenças não chegou a 1%. Só para se ter uma ideia, ocorreram 19.086 registros de dengue no mesmo período, também com 16 mortes, e o número de óbitos ficou em 0,07%.

A agressividade do vírus pode levar uma pessoa à morte com hepatite fulminante em apenas quatro dias. Quatro dias para morrer picado por um mosquitinho em pleno século 21. Como agravante, um quadro de falência renal ainda pode aparecer até três anos após uma pretensa cura. 

Enquanto a febre amarela ataca diretamento fígado e rins, a dengue atinge mais o sistema circulatório. O da chikungunya atinge mais as articulações, enquanto o da zika compromete o sistema nervoso central e periférico. A agilidade no socorro às vítimas que contraem a febre pode garantir maior sucesso no tratamento, já que até a mucosa do estômago começa a sangrar.

Entre os sintomas da febre amarela estão febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dores no corpo, além de icterícia – que deixa a pele e os olhos amarelados – e hemorragias nas gengivas, nariz, estômago, intestino e urina. Nas formas grave da doença, vale ressaltar, o paciente deve ser atendido em uma UTI. 

É bom reforçar: quem ainda não foi imunizado deve procurar o mais rápido possível o posto de saúde mais próximo de casa. É questão de vida.
 

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