Bater cabeça parece mesmo ser o esporte nacional

16/12/2020 às 21:08.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:19

O enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Brasil, que figura em terceiro lugar no ranking mundial dos mais afetados, exige uma postura responsável das autoridades e, acima de tudo, uma ação coordenada entre as esferas de governo, algo que na maioria das vezes não ocorre e que sempre deixa a sociedade mais dividida, confusa, sem saber ao certo o que está valendo ou qual caminho deve ser seguido.

Politização das escolhas, judicialização de decisões, muita falácia, pouca ação afetiva, muita ação atabalhoada, demora nos movimentos. 
Aliás, bater cabeça parece ser o esporte nacional quando se trata da definição de estratégias e medidas para mitigar os danos provocados pelo novo coronavírus e já sentidos em todas as esferas - do bolso ao emocional. 

Um dos exemplos mais recentes é todo o bate-boca arrastado, misturado a fake news e quedas-de-braço político-partidárias em torno da aquisição de vacinas, obrigatoriedade ou não da imunização e temas correlatos, mas não menos importantes.

Estados e municípios deram os passos que julgaram necessários na corrida por vacinas. Ações que seguem rendendo troca de acusações entre as esferas de poder e que parecem deixar o país ainda mais atrasado no combate à pandemia. 

Parte do mundo já imuniza grupos prioritários, enquanto por aqui vemos crescer um movimento anti-vacina, talvez alimentado por tantos desencontros e o temor - fortalecido pelas fake news - de que o antídoto seja um novo veneno. 
Lamentável, para dizer o mínimo!
 

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