Construção civil apresenta indícios de recuperação

15/06/2018 às 19:20.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:38

O mercado de venda de imóveis é, geralmente, um dos últimos segmentos da economia a apresentar sinais de melhora após longos períodos de crise, como a vivida no Brasil, desde 2015. Pelo menos é o que dizem especialistas. 

A justificativa costuma a ser a de que quem pensa em comprar casas, apartamentos ou salas, principalmente para uso próprio, costuma rever suas pretensões diante de quaisquer resquícios de insegurança econômica.
Dados divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), referentes aos primeiros três meses deste ano, mostram, porém, que esse momento de recuperação pode ter, pelo menos, começado.

Segundo a pesquisa, no 1º trimestre de 2018 foram lançadas 570 novas unidades residenciais na capital e em Nova Lima, o maior número dos últimos seis trimestres. 

As vendas também se destacaram: ao todo, 549 apartamentos novos foram comercializados no período de janeiro a março nessas localidades, o maior volume se contabilizados os três trimestres anteriores. Já os lançamentos registraram incremento expressivo: 189,34%, passando de 197 unidades (1º trimestre/17) para 570 unidades (1º trimestre/18). 

A explicação de economistas para essa possível retomada é a de que, mesmo que a crise ainda esteja dando as caras, com altos índices de desemprego, a recente greve dos caminhoneiros, incertezas no mercado internacional - com a volatilidade do câmbio - e, sobretudo, um clima eleitoral de alta imprevisibilidade, os investidores têm visto novamente no mercado de imóveis boas oportunidades para aplicar seus recursos.
Tudo bem que ainda é cedo para soltar foguetes, principalmente pelo fato de que boa parte das unidades lançadas e comercializadas pertence aos dois extremos do mercado: imóveis de baixo valor e de alto luxo. 

Há, também, muitos obstáculos à retomada definitiva do segmento - para que se possa antever na construção civil, por exemplo, a volta do fôlego de cinco ou seis anos atrás. Mas os indicadores justificam, sim, certo otimismo: o fundo do poço parece ter ficado para trás.
 

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