Construtores estão otimistas Construtores estão otimistas

19/12/2016 às 20:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:08

Um dos setores que mais sentiu a queda na atividade econômica no Brasil foi a construção civil. Foi o setor que impulsionou boa parte dos negócios no país, com obras de infraestrutura e, principalmente, na habitação. Hoje, o governo não tem dinheiro para retomar e demandar novos projetos, e o trabalhador também não possui recursos para realizar o sonho da casa própria. 

A queda de 9,1% do setor da construção civil em Minas neste ano, mais que o dobro da retração nacional, mostra como estávamos dependentes de um setor apenas. As obras para a Copa do Mundo mascararam um pouco a crise que já se anunciava uns dois anos antes. 

Como é um país jovem, e por figurar entre as maiores economia do mundo relativamente há pouco tempo, o Brasil provou que não sabe viver com uma situação muito favorável. No início desse século, quando o país teve um grande crescimento, houve uma procura muito grande por imóveis. O maior acesso ao crédito e o déficit habitacional gigantesco fizeram a procura disparar. Com isso, mas e mais pessoas procuraram investir nos bens para revender o faturar com aluguéis. Os preços dispararam. 

Foi um tempo de bonança e, como ocorre na maioria das vezes em casos semelhantes, quem se aproveitou primeiro ganhou uma boa grana. Hoje tempos imóveis sobrando e compradores de menos. 

A expectativa do setor é um reaquecimento da economia no ano que vem, o que permitiria até um aumento nos valores de venda. Pelo que a gente viu até agora de prático nas medidas do governo federal, é uma estimativa bastante otimista.

Além do país dar sinais de que irá, no máximo, estancar a queda em 2017, será muito difícil o retorno aos níveis de dez anos atrás. Atualmente, há um número grande de apartamentos já construídos, mas sem compradores. No caso de uma recuperação, os imóveis que serão vendidos primeiro, imagina-se, serão os “encalhados”. 

Uma outra opção do setor é reduzir ainda mais os preços dos imóveis e adequá-los à realidade da nossa economia. É hora dos empresários pensarem mais nos empregos e em manter o mercado girando. Todos já ganharam muito dinheiro recentemente. O sacrifício deve ser de todos, não só dos trabalhadores. 
 

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