Contando os minutos para o fim de 2020

01/12/2020 às 21:01.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:11

Quem praguejou contra 2019 já deve estar contando os minutos para que 2020 chegue ao fim – e rezando para que 2021 não reforce aquela história de que “tudo sempre pode piorar”. O ano que ficou marcado pela tragédia da Covid 19 – com quase 180 mil mortos só no Brasil – trouxe também perdas econômicas para boa parte da população, que teve a renda reduzida ou perdeu o emprego devido à crise econômica, a mesma que levou ao fechamento de várias empresas. E até quem se esforçou para manter o otimismo em meio ao caos vê a esperança, vez por outra, posta à prova diante da inércia ou inaptidão do governo para tratar de questões estratégicas, como um plano de vacinação, ou da falta de sensibilidade com o brasileiro médio, aquele que faz e refaz contas para que o salário pelo menos cubra as despesas. 

Fato é que 2020 se aproxima do fim, mas muita água (turva) ainda pode passar por baixo dessa ponte. Desde ontem, por exemplo, estamos pagando mais pela energia elétrica. A Aneel, agência que regula o setor, autorizou a cobrança da bandeira vermelha, o que implica em um aumento superior a R$ 6 a cada 100 kWh consumidos. Já seria um gasto a mais para todos, mas pesa outro “detalhe”: no verão e com o home office ainda vigente, a tendência é de que a conta suba na proporção do uso de ventilador, ar-condicionado e o que mais houver para aliviar o calorão que se aproxima.

No mínimo, faltou bom-senso para conduzir essa questão em plena pandemia. Governar implica uso adequado de recursos, gestão eficiente. Onerar o povo com esse aumento, em plena pandemia, é no mínimo uma insensibilidade. 
 

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