Os aportes para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus em Minas já exigiram recursos da ordem de R$ 48 milhões. Só no hospital de campanha, montado no Expominas, foram injetados R$ 5,3 milhões pelo governo de Estado, com 80% dos recursos doados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Assim como no hospital de campanha, parte dos investimentos vem de parcerias, como a reabertura de 60 leitos no Instituto Mário Penna. O aporte chegou a R$ 7,9 milhões, arrecadado pela instituição de saúde e a própria Fiemg para a contratação de profissionais, realização de obras e aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre outros.
O montante de recursos já supera, por exemplo, o volume gasto pelo governo de Minas nas ações contra a febre amarela entre 2017 e 2018, quando foram consumidos cerca de R$ 43 milhões. A verba aplicada até agora para o combate à pandemia no Estado só é inferior aos R$ 184 milhões utilizados no ano passado no combate à dengue. Neste ano, no entanto, o desembolso ainda está na casa dos R$ 607 mil.
A maior parte do montante despendido até agora foi utilizada também na aquisição de EPIs, testes de sorologia e equipamentos hospitalares. Mesmo com novo recorde de contaminação pela Covid-19, o cenário em relação à doença no Estado ainda é mais tranquilo em relação ao Rio de Janeiro e São Paulo. Na última sexta-feira, o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas, apontava 399 novos casos de contaminação em apenas em 24 horas.
No Brasil, o número de infectados já ultrapassou a casa dos 330 mil pessoas, com mais de 20 mil mortes. A velocidade na propagação da doença exigiu investimentos mais rápidos para reforçar o sistema de saúde, o que é considerado positivo na avaliação de especialistas. Agora, resta torcer para que a curva de risco de contágio da doença comece a declinar, o mais rápido possível, para que a população e a economia retomem o curso normal.