E pode piorar...

27/12/2016 às 21:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:14

O cenário atual do Brasil não é dos melhores. A tão esperada recuperação econômica não veio em um curto prazo – e nem sabemos se ela virá. A crise política também não foi afastada e milhares de brasileiros continuam perdendo os seus empregos. 

Junto com esse quadro todo, estamos prestes a entrar no período de maior gasto das famílias, quando vários compromissos aparecem para onerar ainda o já apertado orçamento do brasileiro, como IPTU, IPVA, material escolar e reajuste de passagens. Em praticamente todas as áreas tivemos aumentos de preços, sendo que os salários do trabalhador não acompanharam a alta, pelo menos na grande maioria das profissões. Nesse cenário, estar empregado já é motivo de comemoração. 

O certo é que não houve ainda uma grande medida de retomada implantada por quem chegou ao poder com um discurso de virada de jogo. Claro, ninguém com o mínimo de conhecimento da máquina pública não esperava que a saída de Dilma Rousseff iria transformar, por si, a economia e tirar o país no buraco que está. 
No entanto, já passou o tempo de serem tomadas algumas medidas concretas. Repare, caro leitor, a única ação anunciada de maior impacto no bolso do trabalhador foi a liberação do FGTS de contas inativas. A medida causou alvoroço, um congestionamento no site da Caixa pelo número de consultas de pessoas interessadas em saber se tinham ou não algum recurso parado no fundo. 

Mas, inexplicavelmente, o presidente Michel Temer ficou só no anúncio. O detalhamento das regras será feito só em fevereiro. Ou seja, o governo anunciou algo que não tinha detalhado. Será que essa medida é possível mesmo ou o objetivo era causar um impacto positivo? 

Esse é só um exemplo de como estamos meio perdidos, sem saber ao certo o que fazer, em uma espécie de jogo de tentativa e erro. O que colar, colou!
Por isso, não podemos deixar de nos preocupar com o que está por vir neste ano de 2017. Temos que cada vez mais nos concentrar em viver com aquilo que é essencial e afastar os gastos supérfluos. Se ainda sobrar algum dinheiro desse início de ano, poupe. A esperança de que o pior da crise já passou ainda existe, mas o temor de que a situação pode piorar também persiste, e é bem real. 
 

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