Educação sem recursos é futuro comprometido

14/09/2018 às 22:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:28


Dizer que só investimentos consistentes podem fazer uma educação ampla e de qualidade, condição primordial para que as sociedades evoluam e atinjam índices aceitáveis de desenvolvimento e qualidade de vida, é chover no molhado. 

O mesmo vale para a citação de inúmeras nações que só subiram de degrau no cenário mundial com essa diretriz.

Talvez, por isso, cause comoção verificar que, no Brasil, de modo geral, e em Minas, de maneira particular, a situação esteja tão aquém do ideal, nesse setor.

Reportagem desta edição mostra que, em razão da recessão dos últimos anos, que gerou grave crise fiscal e desequilibrou as contas da União, de Estados e municípios, diversas escolas mineiras estão sucateadas. 
Não bastassem salários em atraso e parcelados dos servidores estaduais, milhares de estudantes têm sofrido com problemas infraestruturais e até com a deterioração da merenda a que têm direito, conforme apontam relatórios dos Tribunais de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE). 


São situações que desestimulam tanto quem ensina quanto quem aprende.

Em função da carestia de recursos na gestão do setor, há casos absurdos, como o de uma professora que, embora já tenha cumprido prazos legais, não consegue dar entrada na aposentadoria porque quem cuida disso no Estado está sem toner para imprimir documentos. 

Isso sem falar na falta de material de escritório, como folhas para imprimir provas e atividades, e na baixa em estoques de alimentos e até de papel higiênico, em várias unidades. 

Outro problema grave diz respeito à segurança (ou à falta dela): vistoria recente do TCE em 565 escolas estaduais e municipais de Minas aponta que 75% delas não possuem qualquer tipo de equipamento para prevenção ou combate a incêndios.

Procurado pela reportagem, o governo mineiro responde que acaba de liberar R$ 10,2 milhões para auxiliar na manutenção e no custeio das escolas do Estado. Informa ainda que “não tem medido esforços para regularizar os repasses financeiros”. 

Embora todos estejam cientes das dificuldades de caixa do setor público no pais, no Estado e nas prefeituras, não se pode aceitar, em nenhuma hipótese, a situação relatada por este jornal. 
Que apareça mais dinheiro para a educação, com urgência, não importa de onde venha!
 

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