Incertezas justificam postura cautelosa

22/09/2020 às 08:16.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:36

Desde que se iniciou a pandemia, teve início uma corrida no meio científico em todo o mundo para tentar compreender o novo coronavírus, que já existia na natureza, mas não com indícios de transmissão para o ser humano. 

Para dimensionar os passos nas tarefas de enfrentamento - o que vai das medidas de prevenção até a criação de uma vacina eficaz -, se tornou fundamental acumular o máximo de informações possíveis, o que tem mudado alguns paradigmas ao longo de todo esse período. Vários especialistas defendem, por exemplo, que a possibilidade de contágio por meio do contato com objetos é bem menor do que inicialmente considerado. E que ações como higienizar compras de supermercado, por exemplo, seriam, por isso, um excesso de zelo. 

Outro aspecto que agora se descortina é a possibilidade de transmissão da Covid-19 por pacientes considerados curados. Ou mesmo de sua reinfecção pela doença, o que poderia ocorrer de forma autônoma - o vírus permaneceria no organismo e voltaria a atuar -; ou do modo mais comum. A questão das diferentes respostas imunológicas à enfermidade se mostra um dos grandes desafios ainda a serem compreendidos e superados.

O que se mostra inquestionável é a constatação de que o uso da máscara de proteção e a adoção das medidas de higienização constantes das mãos constituem duas poderosas barreiras contra o coronavírus. Que, como recomendam as autoridades estaduais, devem ser mantidas mesmo por aqueles que tiveram a doença e a superaram, como forma de evitar riscos potencialmente ainda mais sérios, diante de uma possível segunda agressão pelo invasor.

O que se soma à preocupação com o maior número de pessoas nas ruas e o relaxamento das normas de isolamento social como eventuais vetores de nova escalada da pandemia em Minas. Reafirma-se a importância e a necessidade de manter os cuidados sanitários já consagrados, sempre no espectro de se proteger, mas também aos que estão no entorno. Até mesmo por tudo o que ainda não se sabe é determinante adotar postura cautelosa, para que não nos deparemos com nova escalada e todos os seus efeitos negativos.

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