Lições de perenidade no comércio da capital

05/09/2018 às 22:50.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:18

O comércio de Belo Horizonte, nascido ainda em finais do século 19, quando a capital foi inaugurada, evoluiu junto com a cidade, ao longo dos últimos 120 anos. Trata-se de uma trajetória carregada de inúmeras histórias de sucesso com busca constante pela renovação. 

Reportagem desta edição mostra alguns exemplos disso: estabelecimentos que começaram modestos e que, graças ao empenho e à aversão ao comodismo de seus proprietários, não apenas sobreviveram a uma série de crises nacionais e mundiais, como ampliaram seus negócios e tornaram-se exemplos indiscutíveis de bom empreendedorismo.

Um dos melhores casos é o de uma conhecida drogaria que começou com loja única na Rua dos Caetés e, hoje, comandada por décadas pela família do pioneiro, tem mais de 200 unidades, além de ser campeã nacional no segmento em faturamento por loja. 

A receita da expansão e consolidação da rede incluiu desde a criação de um serviço de tele-entrega, em uma época em que isso era inédito na cidade, até uma gestão em permanente modernização, passando pelo crescimento do mix de produtos e por boas estratégias de marketing.

Há muitos outros negócios, ainda dos primórdios do comércio na cidade e de setores diversos – como materiais de construção, enxovais e até armas –, que mantiveram-se ativos com o passar dos anos, a despeito de tantas oscilações no humor econômico do país. 

A perenidade obtida por esses comerciantes, mesmo que muitos não tenham conseguido alavancar suas atividades da mesma forma que a mencionada drogaria, contrasta, tristemente, com alguns dados da atualidade.

Um dos mais marcantes e desanimadores, sem dúvida, é o de que metade das empresas da área comercial fecha as portas, hoje, no Brasil, após dois anos de funcionamento. 

O segredo para que isso não ocorra, a julgar pelos relatos colhidos na matéria, parece envolver bem mais que a paixão dos donos pelo que fazem – algo, diga-se, também fundamental.

Preparo e aprimoramento do setor gerencial, por exemplo, é obrigatório para quem quer prosperar. A leitura do mercado e das tendências de consumo, para antever cenários, também faz parte do roteiro, assim como a imprescindível coragem para inovar.

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