Na contramão, BH abre vagas e contrata

27/12/2017 às 22:06.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:28


Belo Horizonte andou na contramão do país e de Minas em novembro, pelo menos no que se refere à abertura de vagas. É a notícia que todo trabalhador sonha e espera ouvir, especialmente em tempos de crise econômica. 

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, a capital mineira somou, no mês passado, 1.461 vagas abertas. Considerando o acumulado de 2017, foram 2.379 postos a mais que os encerradas no período – o primeiro resultado positivo de Belo Horizonte desde 2013.

Parece ser um sinal de que a economia da cidade dá passos em direção à recuperação econômica, após uma longa e tenebrosa estagnação alimentada pela recessão em todo território nacional. Por aqui, puxaram os indicadores de emprego para cima os setores de comércio e de serviços, tradicionais em Belo Horizonte. 
Já no país, os resultados do Caged decepcionaram. Ainda mais se considerarmos que novembro é o mês que antecede o Natal, considerada a melhor data para muitos setores. A indústria, por exemplo, deveria estar produzindo a todo o vapor. Mas não foi o que aconteceu. 

O saldo de empregos com carteira assinada no Brasil, ou a diferença entre o número total de contratações e o de demissões, caiu em novembro depois de sete meses seguidos de altas no ano. O país fechou 12.292 vagas a mais do que abriu, registrando recuo de 0,03% em relação a outubro. 

Também em Minas Gerais houve queda: o número de desligamentos nos diversos setores da economia em novembro superou em 2.037 o de contratações. 
Após a divulgação dos dados, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que aliás anunciou no final da tarde de ontem que deixará o cargo no primeiro escalão do governo Temer para tentar se reeleger deputado nas eleições em 2018, apressou-se em dizer que o saldo negativo na geração de empregos formais em novembro é “pequeno” e não significa a interrupção na recuperação da economia. 

O agora já ex-ministro ainda defendeu os impactos positivos da reforma trabalhista sobre o mercado de trabalho e declarou que os resultados da nova CLT serão colhidos em 2018. Que assim seja! 
 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por