Nada melhor que um dia após o outro

27/06/2018 às 20:29.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:03


Atual campeã mundial, a Alemanha, aquela que, na Copa de 2014, fez a Seleção Brasileira passar vexame dentro de casa, em um Mineirão lotado, com o implacável “7 a 1”, despediu-se ontem da Rússia de forma melancólica. 
A derrota para a inexpressiva mas valente Coreia do Sul, por 2 a 0, foi descrita pela imprensa alemã como constrangedora. Tratou-se, disse grande jornal, de um “nocaute histórico” sem precedentes de uma escola de futebol considerada, até pouco tempo - embora tenha passado por forte renovação nos últimos anos -, como a melhor e mais efetiva do planeta. 

Foi a primeira vez, em 80 anos, que os alemães saíram da competição mundial de forma tão prematura. E tinha de ser logo na Rússia, cenário em que, segundo historiadores, o exército de Hitler começou, em 1943, na famosa Batalha de Stalingrado, a perder irremediavelmente a Segunda Guerra. 

Ironicamente, também foi a quinta vez - e a terceira consecutiva, depois do que houve com a Espanha, no Brasil, e com a França, na África do Sul - que os donos da taça em uma edição caíram na primeira etapa do torneio seguinte. 
Pouco mais de duas horas após o desastre tedesco, em Cazã, o Brasil entrava em campo, em Moscou. Tinha a missão de pelo menos empatar com a vigorosa Sérvia para garantir a sonhada vaga nas oitavas. 

O resultado da Alemanha, que a partir daquele momento não poderia mais alcançar a equipe brasileira em número de títulos mundiais - manteve quatro, enquanto nossa Seleção tem cinco e pode chegar a seis - deixou parte da torcida canarinho apreensiva, vislumbrando a possibilidade de desastre semelhante.

Felizmente, não foi o que se viu. Na Spartak Arena, com gols de Paulinho e Thiago Silva e belas atuações de Coutinho e Neymar, o time fez os mesmos 2 a 0 da Coreia do Sul sobre a Alemanha. Venceu e convenceu.
A tristeza dos brasileiros em 2014 mudou de endereço e de povo. Os algozes de ontem viraram as vítimas de hoje, mesmo sem nos enfrentar ou levar goleada. E a famosa “pátria de chuteiras” comemorou duplamente: pela derrocada de um de seus principais adversários e pela conquista, com louvor, do passe para a próxima fase. Resta-nos, agora, torcer para que os ventos continuem soprando a favor do nosso time. E, claro, contra os demais. 
 

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