Nocivo aos fumantes e à economia do Brasil

27/04/2018 às 23:11.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:34


O crime de contrabando de cigarros, cada vez mais praticado no Brasil, traz uma série de prejuízos à população. Se o produto legalizado colabora para o surgimento de doenças respiratórias e cardiovasculares, além de cânceres, o cigarro contrabandeado representa ameaça ainda maior, já que o processo de produção não passa pelo controle dos órgãos de vigilância da saúde do Brasil.

Estudos comprovam grande teor de substâncias tóxicas nos cigarros fabricados clandestinamente ou contrabandeados para o Brasil. No entanto, boa parcela dos fumantes, atraídos pelo preços mais baixos, passaram a comprar o produto, vendido por ambulantes em ruas e praças movimentadas de grandes cidades. As marcas paraguaias são as mais consumidas.

Os contrabandistas trazem a carga de forma camuflada do país vizinho, ultrapassam a fronteira e no Brasil a distribuem para os estados, num processo que se assemelha ao tráfico de drogas. Minas mostra-se um dos estados mais receptivos à mercadoria ilegal. Balanço do Fórum Nacional de Combate à Pirataria (FNCP) revela que metade dos cigarros consumidos no território mineiro é fruto de contrabando. Estrangeiros utilizam também o Estado como terreno para a fabricação de cigarros falsificados. Em setembro do ano passado, a polícia prendeu uma quadrilha de paraguaios que fabricava cigarros clandestinamente em Claro dos Poções, no Norte de Minas. A região teria sido escolhida por causa do clima e da proximidade com o Nordeste do país, outra região consumidora.

O contrabando e a produção clandestina acarretam prejuízos de milhões de reais para os cofres públicos, que deixam de arrecadar impostos diante da ilegalidade, tanto no processo de fabricação quanto no comércio. A venda é feita por ambulantes, numa concorrência desleal com os comerciantes. Perde, mais uma vez, a população brasileira.

Nocivo aos fumantes e à economia do país, o crime representa um grande desafio para a segurança pública, exigindo uma força-tarefa para combatê-lo. Reduzir os índices de tabagismo já é uma missão e tanto para as autoridades de saúde, e o problema torna-se mais grave com o consumo de cigarros mais tóxicos.
 

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