O impacto da pandemia no turismo em Minas

03/07/2020 às 20:12.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:56

O segmento do turismo em Minas vive uma situação que exemplifica bem o dilema enfrentado num momento em que a pandemia de Covid-19 se mostra mais intensa. Empresários do setor contabilizam prejuízos, são obrigados a rever planos e funcionam com movimento reduzido, quando já não entregaram os pontos e optaram por dar fim às atividades. E esperam, do poder público, a chance de poder retomar seus negócios com maior intensidade, o que depende da avaliação da curva de contágio e da pressão sobre o sistema de saúde.

Nem é preciso detalhar em números para entender a importância do turismo como gerador de recursos no Estado. A começar pelas regiões com vocação receptiva e estrutura preparada, reunindo belezas e atrativos variados. Cidades históricas; cachoeiras, serras, estâncias hidrominerais, cujo sustento depende, em boa parte, do dinheiro deixado pelos visitantes. 

Além disso, Belo Horizonte vem se consolidando como sede de grandes eventos - e o Carnaval, que hoje movimenta cerca de R$ 5 bilhões anuais - é o melhor exemplo. Festa que, como bem definiu o prefeito Alexandre Kalil, hoje ganha ares de ‘birutice’ pensando-se em 2021 e num cenário ainda sem uma vacina para o novo coronavírus. Assim com várias feiras, mostras, shows, manifestações culturais e esportivas que ajudam a manter toda uma indústria. E que já levavam o governo do Estado a pensar na construção de um novo centro de convenções, com capacidade superior à do Expominas.

A hora, no entanto, é de contabilizar as perdas e pensar nas alternativas para o futuro. Como o Hoje em Dia já mostrou, o turismo terrestre, de pequenas distâncias, tende a dominar tão logo seja possível retomar os deslocamentos com segurança. Isso passa não só pela situação geral da pandemia, como pela elaboração de protocolos que ajudem os estabelecimentos a se ajustar à nova realidade. Algo que já vem sendo elaborado pelas entidades do setor e pelo Executivo estadual. Tudo para que não se enfrente o maior perigo constatado neste momento em que a flexibilização do isolamento social é constantemente revista. É necessário que a população tenha confiança e receba um serviço voltado para a sua proteção de modo a reaquecer um segmento fundamental para a economia mineira.
 

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