Obras bilionárias para qualificar transportes

10/09/2018 às 21:12.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:23

Estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) aponta, conforme esta edição, que Minas Gerais precisaria de investimentos de R$ 263,8 bilhões para melhorar a qualidade do transporte de cargas e pessoas em seu território. Só na região metropolitana da capital, seriam R$ 65,2 bilhões, ou 25% do total, em um total de 57 dos 330 projetos destacados para o Estado.

Os recursos seriam usados em obras de infraestrutura prioritárias, nada além do que estritamente necessário para ampliar a competitividade da indústria e para dar mais segurança, rapidez e conforto à população. 

Haveria, por exemplo, destinação de parte do dinheiro à duplicação de quase 4 mil quilômetros de rodovias que cortam Minas, o que ajudaria a reduzir acidentes e mortes para as quais, infelizmente, elas têm servido cada vez mais de palco.

Também seriam construídos, conforme o Plano CNT de Transporte e Logística 2018, 1,6 mil quilômetros de estradas, atendendo dezenas de localidades, e recuperados e pavimentados outros 2,5 mil quilômetros de vias.

O estudo indica ainda a necessidade de ampliação significativa da malha ferroviária em território mineiro. São cerca de 4 mil quilômetros de vias férreas a serem construídas e 144 quilômetros de linhas de metrôs e trens urbanos – o que inclui o vagaroso projeto do metrô de Belo Horizonte.

O relatório não deixa de fora os aeroportos. Estabelece como metas as adaptações e melhorias em 17 deles, como os de Divinópolis, Montes Claros e, na Grande BH, Pampulha, Carlos Prates e Confins. Também prevê a inauguração de uma unidade em Itajubá e a construção de um terminal de passageiros em Caxambu, o que poderia impulsionar o turismo na região.

Para tirar essas e outras intervenções do papel, contudo, o estudo sustenta ser fundamental a atração de investimentos privados, nacionais e internacionais. 

E fala na imprescindível eliminação de entraves que têm se fortalecido no país, como a falta de segurança jurídica e o excesso de burocracia. Às vésperas da eleição, os dados e a premissa da CNT para a solução dos problemas de transporte no país e no Estado tornam-se, no mínimo, um relevante tema para reflexão de quem vai às urnas em outubro.
 

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