Pacote que chega em boa hora

10/09/2020 às 20:08.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:30

Reza a sabedoria popular que há dois tipos de pessoas: as que choram, e as que vendem lenços. A pandemia e seus efeitos econômicos colocaram à prova a capacidade de reação de todos os setores, inclusive o público. Lamentar o conjunto de fatores que levaram à queda da arrecadação; ao aumento do desemprego e ao fechamento de empresas seria fácil e compreensível. 

Por outro lado, é necessário buscar alternativas para fazer a roda voltar a girar - isso vale também para a iniciativa privada, que se viu diante de questionamentos e desafios inéditos, que também trouxeram embutidas, em muitos casos, oportunidades.

Nesse aspecto, há que se aplaudir a iniciativa do Governo de Minas por meio do programa Avança Minas, um plano de retomada econômica que, apesar da nada confortável situação financeira do Estado, traz as bases para uma recuperação. Partindo de um vetor lógico: o de que o poder público deve, acima de tudo, ser o grande incentivador da atividade, seja investindo, seja favorecendo a geração de novos negócios.

O R$ 1 bilhão previsto para obras e intervenções nas áreas de saúde, segurança, educação e infraestrutura viária e urbana traz consigo a perspectiva de criação de 35 mil empregos diretos e indiretos. E, como se afirma, de concluir projetos interrompidos ou deixados de lado nos últimos anos.

Tão, ou mais importante é a iniciativa de reduzir a burocracia e simplificar os processos para a criação e manutenção de novos negócios, com o fim da exigência do alvará de funcionamento para 642 atividades diferentes (consideradas de baixo risco). Não há nada pior para quem quer empreender do que esbarrar na teia das exigências, da demora e da dificuldade. Das assinaturas infindáveis nas mesas das repartições que pouco, ou nada agregam. Assim como não se pode conceber o espírito empreendedor podado por fatores desnecessários. Por conta disso, deixa-se de criar empregos, gerar arrecadação e movimentar a economia como um todo. 

Fiscalizar e regular é necessário e dever do estado, sem, no entanto, comprometer a livre iniciativa. Ao fim, ganham todos.
 

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