Por um 2º turno mais limpo e democrático

08/10/2018 às 21:25.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:52

O primeiro turno da eleição trouxe surpresas no Estado e, no plano nacional, a confirmação do que se desenhava nas últimas semanas da campanha. Em Minas, o empresário Romeu Zema, estreante na política e representante do Novo, obteve arrancada impressionante nos seis dias que antecederam o pleito, desbancando todos os adversários. 

Superou o governador Fernando Pimentel (PT), tirando-o da disputa, e ultrapassou o tucano Antonio Anastasia, que vinha liderando as pesquisas – mas que, agora, sai atrás na briga pela segunda fase. Foi uma “terceira via” a surgir tardiamente em um cenário marcado pela longeva polarização PT x PSDB.

Já no país, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) consolidou posicionamento apontado nas enquetes eleitorais, mas ficou bem à frente do petista Fernando Haddad, contra quem concorre, até dia 28, pela preferência dos brasileiros. Ciro Gomes (PDT), que poderia ter sido a surpresa, ficou pelo caminho.

A partir de agora, tanto na corrida ao Palácio da Liberdade quanto na que leva ao Palácio da Planalto, os candidatos terão o mesmo tempo nas propagandas de rádio e TV para apresentar suas propostas.

Por sua vez, os debates também tendem a ser bem mais produtivos, caso nenhum deles fuja dos compromissos. É como se, no segundo turno, o sistema democrático atingisse grau de excelência, na medida em que a exposição pública dos postulantes aos cargos fica mais igualitária, independentemente de coligações às quais estejam associados.

O problema, contudo, é o risco de que se intensifique, nos próximos dias, algo que, infelizmente, predominou no primeiro turno: a distribuição de fake news e boatos por meio, sobretudo, das redes sociais, obra de verdadeiros exércitos montados pelos comandos de campanha.

Mais uma vez, é necessário o alerta: o eleitor precisa colocar-se sempre à frente dos difusores de mentiras, informando-se por fontes confiáveis sobre todos os fatos, certificando-se de que aquilo que passa adiante é verdadeiro, e não uma armadilha montada por apoiadores ou marqueteiros mal-intencionados, deste ou daquele candidato. O jogo da democracia tem de ser limpo, mesmo que alguns jogadores possam querer o contrário. 

  

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