Enquanto mais de 13 milhões de brasileiros engrossam a fila do desemprego no país, as oportunidades de estágio não sofreram impacto. Pelo contrário. Em tempos de crise, elas crescem a passos largos.
No país, entre o primeiro semestre de 2016 e igual período deste ano, houve aumento de 31% na quantidade de vagas ofertadas para estudantes matriculados e frequentes em cursos superiores, técnico e médio.
Em Minas, várias empresas estão com vagas abertas. A siderúrgica Vallourec, uma das maiores empresas do setor no país, está com inscrições abertas para universitários de diversos cursos. A TV Globo Minas abriu sua fase de recrutamento de estudantes do segundo grau. Basf e na Dow Chemical, ambas da área química, também estão com processos de seleção em curso.
A próxima será a Prefeitura de Belo Horizonte, que irá contratar estagiários de arquitetura e engenharia. A bolsa, para quatro horas de trabalho, é de R$ 1 mil.
O salário mínimo nacional em vigor é de R$ 937. O valor subiu R$ 57 em comparação ao ano anterior, reajuste de 6,4%. Porém, a correção foi menor do que a inflação, o que significa que não houve ganhos reais. Na contramão dessa tendência, os valores registrados para a remuneração dos estagiários se mantiveram estáveis e acima da média.
Estudo realizado pela Companhia de Estágios, assessoria especializada no recrutamento e seleção de estagiários, revela que, atualmente, 59% dos estudantes que participam dos programas de aprendizagem recebem uma bolsa auxílio maior que o salário mínimo vigente. Em alguns casos, chega a R$ 2.500.
Ótima notícia não só para o estudante como para toda a família. Segundo a recrutadora, 36% dos estudantes que frequentam instituições privadas arcam com as mensalidades do curso, mas, com a economia do país em crise e a falta de experiência prévia, fica difícil conseguir uma vaga no mercado formal.
Assim, os programas de estágio são uma oportunidade de ouro. Além de contribuir para o aprendizado, ainda proporcionam boas condições do ponto de vista financeiro.