Riscos à retomada do comércio na capital

18/05/2020 às 20:45.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:32

A queda na taxa de isolamento social em Belo Horizonte pode colocar em risco a possível flexibilização gradual da quarentena do comércio da capital mineira no próximo dia 25. Os estabelecimentos estão fechados há dois meses devido à pandemia do novo coronavírus. O anúncio deve ser feito pelo prefeito Alexandre Kalil na próxima sexta-feira.

No último domingo, por exemplo, a taxa de isolamento em Belo Horizonte caiu de 50% para 40%. O aumento de pessoas que têm ido às ruas tem preocupado as autoridades de saúde. No entanto, a possível flexibilização leva em consideração também outros fatores, como o índice de infecção do novo coronavírus e a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria e terapia intensiva exclusivos para pacientes com Covid-19.

Mesmo com a queda no isolamento, se 25 de maio fosse ontem, já poderia ocorrer um relaxamento gradual, tendo em vista que os outros dois indicadores se mostraram aceitáveis. No entanto, o “teste de segurança” no Mercado Central, que abriu 320 dos 400 estabelecimentos que funcionam no local, terá também papel fundamental para a flexibilização.

A Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio) avalia que a experiência do Mercado será fundamental para definir a retomada do setor, que representa 88,37% dos negócios na capital e emprega 61,2% da mão de obra formal do município, sendo 170 mil postos só no comércio. 

No momento, no Mercado Central, a entrada é restrita a 370 clientes simultâneos e apenas quatro das nove portarias estão abertas. O uso de máscara e de álcool gel é exigido dos visitantes e há um controle rigoroso do fluxo no local.

As barreiras sanitárias iniciadas ontem em BH vão contribuir também para reduzir a disseminação da doença. Porém, algumas autoridades já preveem um possível adiamento da flexibilização para o comércio, mas a medida para a retomada gradual da economia e evitar um aumento do número de mortes e o fechamento de diversos estabelecimentos na capital depende de cada um de nós. É necessário, neste momento, não afrouxar as medidas de higienização e de isolamento social para que todos saiam ganhando.
 

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