Sem combustível para o país seguir em frente

23/05/2018 às 21:07.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:14

  O protesto dos caminhoneiros, que fecham rodovias em todo o Brasil desde a última segunda-feira contra os sucessivos aumentos do diesel, começa a deixar os brasileiros sem diversos outros tipos de “combustíveis”, prejudicando a vida da população e setores da economia do país. Representantes de segmentos como a indústria de alimentos, laticínios e frigoríficos, por exemplo, manifestavam ontem preocupação em relação ao movimento. Havia risco de cargas com toneladas de alimentos perecíveis serem jogadas no lixo em vez de abastecerem as gôndolas dos supermercados, por causa do longo período que os caminhões se mantêm parados nas estradas. Ontem, as indústrias já sentiram os impactos e muitas tiveram que mandar funcionários para casa, devido à redução do fluxo de produção. Em Belo Horizonte, a BHTrans anunciou a redução do número de viagens dos coletivos urbanos alegando falta de combustível. Quem vai para o trabalho de carro e já é castigado pela alta do preço da gasolina, começa a ser penalizado também com a falta do combustível nos postos. Pelo mesmo motivo, aeroportos já trabalham com planos de contingência. E a mobilização dá sinais de crescimento, o que eleva o nível de preocupação. Representantes de outras categorias já manifestaram apoio ao movimento deflagrado pelos caminhoneiros. </CW>A situação mostra o peso do modal rodoviário na economia do país e a urgência de uma nova política de reajustes dos preços dos combustíveis. Bastou um grito nas estradas contra as medidas adotadas pela Petrobras para que outras categorias engrossassem o coro. Em meio à greve dos caminhoneiros que afeta o abastecimento, um outro protesto é realizado hoje e pelo 12º ano consecutivo, o Dia da Liberdade de Impostos. Estabelecimentos comerciais, entre eles postos de combustível, prometem vender produtos sem a incidência de impostos, como forma de chamar a atenção do Planalto para a carga tributária do país, considerada alta. Resta saber se haverá produto “na prateleiras”.  

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