Sem desculpas para fugir da vacina

24/04/2018 às 21:40.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:30


Desinformação sobre a gripe e os males que ela pode acarretar, além de crenças de que a vacina pode causar efeito contrário, são desculpas para muitas pessoas, sobretudo da terceira idade, fugirem da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que vai até 1º de junho. Comodidade e dizer “que raramente tem gripe” também são apontados como estratégias para muitos não irem ao posto de saúde mais próximo e se imunizar. 

Iniciada na última segunda-feira, a Campanha Nacional de Vacinação se destaca como importante ação para evitar o contágio de idosos, crianças de 6 meses até 5 anos, gestantes e doentes crônicos. Essa parcela da população é considerada mais suscetível à doença e suas complicações, devido à imunidade baixa.
Uma das maneiras de se prevenir, portanto, é se imunizar contra gripe. A vacina encontra-se disponível de forma gratuita nos postos de saúde para os chamados grupos prioritários. Mas campanhas realizadas em anos anteriores revelam grande negligência da população. A baixa cobertura obriga o Ministério da Saúde a prorrogar a ação nos postos a fim de garantir a proteção mais eficaz.

No ano passado, por exemplo, foi preciso ampliar a campanha para duas semanas para cumprir a meta de 90% de cobertura dos grupos prioritários.
A campanha começou em abril e até o fim de maio de 2017 havia atingido 66,8% de cobertura no Brasil. Em Minas, o índice foi um pouco maior que o nacional, mas ainda insuficiente: 72,2%. Ou seja, no prazo previsto para a campanha terminar, 1,2 milhão de mineiros, grande parte deles idosos, ainda não tinham se imunizado contra a gripe. 

A campanha deste ano começa em Minas com 473 casos notificados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A pneumonia é um dos males que podem surgir com o quadro da gripe. Só neste ano, de janeiro a março, a Secretaria de Estado de Saúde registrou mais de 1.200 mortes provocadas pela pneumonia e os números tendem a aumentar com a chegada do inverno. 

Portanto, não vale negligenciar um cuidado tão importante para a vida. Além de garantir a própria saúde, evitando males mais graves e até a morte, o ato de se vacinar protege quem que está ao lado, evitando, por exemplo, uma epidemia. Caso isso aconteça, a situação poderá se agravar no setor de saúde do país, onde os hospitais públicos sofrem com superlotação e falta de recursos.

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