O ano de 2017 colocou ponto final em uma das piores recessões já enfrentadas pelo Brasil. Durante o período nebuloso, que sacudiu a economia brasileira principalmente entre 2015 e 2016, a indústria nacional amargou péssimos resultados, o setor de serviços deu marcha à ré e o comércio assistiu ao fechamento de inúmeras lojas. O resultado da recessão foi uma avalanche de demissões.
Agora, o governo comemora a tão sonhada e esperada retomada econômica. O ano passado fechou com crescimento de 1% no PIB, graças, em grande parte, ao desempenho fabuloso da agropecuária, que salvou a lavoura com expansão de 13%.
Mas como os especialistas gostam de dizer, a recuperação econômica de uma nação só pode mesmo ser comemorada quando há a volta dos empregos. É através dos salários que trabalhadores dão qualidade de vida para suas famílias, conseguem bancar moradia, estudo, comida e saúde para os filhos. Porém, o país ainda amarga a existência de um exército de mais de 12 milhões de pessoas à procura de uma colocação no mercado de trabalho.
Tudo indica que neste ano a economia vai crescer de forma mais vigorosa. Analistas do mercado financeiro arriscam a dizer que o PIB crescerá mais de 2,5%. Espera-se que a indústria brasileira acompanhe esse movimento. E como trata-se de um setor que normalmente oferece vagas mais qualificadas e melhores salários, a torcida é para que os empregos perdidos no passado ressurjam a reboque.
A melhora no cenário do mercado de trabalho em Minas depende do país. A geração de vagas depende muito mais da economia geral do que de ações pontuais do Estado. O clima, porém, é de confiança em dias melhores para os trabalhadores mineiros. E há números que justifiquem o otimismo.
Minas foi o quarto estado brasileiro que mais ofereceu vagas de trabalho pelo Sistema Nacional de Empregos (Sine) em janeiro e fevereiro deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho. Foram mais de 11 mil postos. Que seja uma recuperação firme, consistente e duradoura.