Motoristas de Belo Horizonte devem redobrar a atenção ao trafegar pelas vias da capital. Mais de 200 radares localizados nos principais corredores da cidade, que estavam desligados desde março do ano passado, serão religados. A previsão é a de que os equipamentos que fazem os flagrantes voltem a funcionar gradativamente, a partir deste mês até abril. Na mira, estão principalmente infrações como excesso de velocidade, avanço de sinais luminosos e invasão de pista exclusiva para ônibus em 459 novas faixas.
Vitais para o bom funcionamento do trânsito e para o bom comportamento do motorista, uma vez que o brasileiro tem o hábito de se guiar conforme o peso no bolso, os equipamentos estavam desligados por uma questão burocrática. Os contratos com as empresas responsáveis pelo gerenciamento dos radares acabou e foram precisos novos trâmites como novas licitações para a contratação de novas empresas.
Depois de quase um ano, falta agora apenas a homologação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para que os radares voltem a operar. Até que isso ocorra, entretanto, importantes vias permanecem descobertas. É o caso, por exemplo, da Via Expressa, onde atualmente não tem nenhum equipamento funcionando. Porém, a qualquer momento, o motorista infrator que desrespeitar a lei poderá ser “dedurado” por um dos sete medidores de velocidade que voltarão a operar lá. Vale lembrar que a multa é salgada e rende vários pontos na carteira de habilitação.
Pesquisa feita pela BHTrans mostra a importância dos radares para a obediência do motorista e para a redução de acidentes. Até o ano 2000 não existia fiscalização eletrônica na capital. Na época, havia um índice de 4,35 mortos para cada 10 mil veículos circulantes na cidade.
Em 2015, última pesquisa realizada pelo órgão, já era 0,89 para cada 10 mil veículos. E o esperado é que o indicador caia ainda mais com o religamento dos equipamentos.