Ventos favoráveis ao comércio varejista

23/07/2018 às 20:48.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:33


Os sinais de retomada econômica ganham cada dia mais consistência, após o país ter se afundado, desde meados de 2014, em uma das piores crises dos últimos tempos. Prova disso é que mesmo com as incertezas e indefinições que rondam o processo eleitoral deste ano, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) já projeta um crescimento de vendas de 1,98% para o Dia dos Pais, comemorado no próximo mês. O percentual de comercialização de produtos seria o melhor desde 2012, quando o índice atingiu 3,24%. De acordo com a entidade, que prevê para a data um faturamento de R$ 1,8 bilhão, grandes empresas do setor já ampliaram inclusive a contratação de trabalhadores.


Depois de um recuo, em 2015, de 3,8% no Produto Interno Bruto (PIB) – a soma das riquezas produzidas no país –, a economia brasileira confirmou no ano subsequente a pior recessão da história, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dois anos consecutivos de baixa só haviam sido verificados no país em 1930 e 1931, quando os índices ficaram em 2,1% e 3,3%, respectivamente. O contingente de desempregados cresceu 1,47 milhão de pessoas, saltando de 11,76% em 2016 para 13,23% ano passado. No entanto, desde janeiro deste ano, os saldos de postos de trabalho, que são as contratações menos as demissões, têm ficado positivos, ao contrário de anos anteriores.


A crise não poupou ninguém e castigou o setor produtivo de forma generalizada, com o corte de pessoal e elevação da capacidade ociosa dos parques produtivos. Em 2016, segundo ano de recessão do Brasil, as vendas do comércio varejista recuaram 6,2% em relação ao ano anterior, o que representou a pior retração da série história do IBGE desde 2001. Em 2015, a produção industrial também tinha caído 8,3%, a maior à época dos últimos 13 anos.


No entanto, mesmo com todo esse cenário de indefinições das eleições presidenciais em outubro, parte como reflexo ainda da operação “Lava Jato”, os ventos têm soprado positivamente sobre a economia brasileira. 
A injeção de recursos do abono salarial do PIS/Pasep deve contribuir também para as vendas do comércio agora no Dia dos Pais. Para a data, os lojistas apostam que o carro-chefe de vendas serão as roupas (29%), seguidas por acessórios (carteira, cinto, meia, gravata, bolsas e malas), com 13,9% da preferência. A expectativa é a de que o tíquete médio das compras dos belo-horizontinos fique em R$ 121,63. 


Resta agora torcer para que a economia mantenha essa trajetória de ascendência, garantindo assim a retomada da produção, do mercado de consumo e a garantia do pleno emprego à população, que ocorre quando a mão de obra disponível no país tem a possibilidade de garantir uma ocupação.
 

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