Bicentenário da Independência

22/01/2021 às 19:42.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:59

Estamos em um dos momentos mais graves da nossa historia recente, uma quase tempestade perfeita que nos assusta: uma pandemia de consequências desastrosas, mortes, desemprego, caos social, intolerância, gestões públicas ineficientes país afora, exemplos de desconexão entre eleitos e eleitores, relações internacionais fragilizadas e até ausentes que comprometem sobremaneira o Brasil em um mundo globalizado e uma ausência de um projeto factível de futuro para o país.

Com estes ingredientes reflexivos estamos às vésperas do bicentenário da Independência, especificamente no dia 7 de setembro do próximo ano. Momentos ímpares de compreendermos nossa história e analisarmos o presente para construirmos uma verdadeira nação.

Na exuberância dos seus 23 anos, a famosa frase “Independência ou Morte”, dita pelo jovem D. Pedro às margens do rio Ipiranga, foi uma etapa muito importante da nossa rica história, e deve ser analisada e estudada de forma conjunta com vários outros momentos, como a Inconfidência Mineira de 1789 e a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808, durante o período napoleônico. 

Minas teve um papel muito importante no período imediato que antecedeu ao 7 de setembro de 1822. Com forte tensionamento interno, o paulista José Bonifácio de Andrada, então ministro do Reino, Justiça e Negócios Estrangeiros, e considerado como o Patriarca da Independência, foi o mentor e articulador principal do movimento junto às províncias. Atuou firme pela não desagregação da colônia, enfrentando fortes setores oposicionistas no Brasil e por suposto em Portugal. Por sua iniciativa e proposição D. Pedro veio a Minas Gerais em marco e abril do mesmo ano assegurar o apoio dos mineiros ao movimento pela independencia, percorrendo povoados e localidades que hoje são as cidades de Juiz de Fora, Santos Dumont, Antonio Carlos, Barbacena, São João Del Rei, Tiradentes, Queluzito, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco e encerrou em Ouro Preto. E por ironia da nossa história, trinta anos antes, sua avó, D. Maria I, a louca, mandou enforcar Tiradentes no Rio de janeiro.

Por fim, importante que instituições como Governo Federal, Congresso Nacional, Governo de Minas, prefeituras, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público, Academia Mineira de Letras, Instituto Histórico e Geográfico, Instituto dos Advogados de MG, instituições acadêmicas, etc, planejam ações, eventos, seminários e exposições que nos remetam ao momento histórico do 7 de setembro de 1822.

Destarte, inspirados pelos acontecimentos e artífices da pátria, possamos com ainda mais vigor e obstinação avançarmos na construção de um país mais justo e menos desigual.

  

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