JFK e o faxineiro da Nasa

09/12/2021 às 16:45.
Atualizado em 14/12/2021 às 00:36

Quando o presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, em uma das visitas à Nasa - a agência do governo federal responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial -, passou por um faxineiro e o indagou qual sua função ali. Eis a fantástica resposta: “Estou ajudando a colocar o homem na Lua”.

Mais que emblemática, esta resposta retrata o comprometimento e o sentimento de pertencimento de um funcionário à empresa ao qual dedica seu trabalho, independente de seu cargo ou das suas atribuições laborais.

Não é uma tarefa simples colocar todo o time de uma organização focado na missão, visão, nos objetivos estratégicos e nos seus projetos. Além de uma política de comunicação efetiva, destaca-se o papel do líder e dos demais dirigentes em fazer com que todos se sintam parte e com papel representativo nos desafios e logros da empresa.

Muitas das vezes vemos o labor automático de alguns, ou de muitos, limitados ao cumprimento da carga horária de forma pouco conectada “a colocar o homem na lua”.

Por suposto, a almejada conexão se aplica em todas as organizações, sejam públicas, privadas ou da sociedade civil. Alguém tem dúvida que o sucesso do Galo nesta temporada, ao conquistar o título do Campeonato Brasileiro, se deve não apenas aos grandes investidores do clube, aos dirigentes, ao técnico, aos jogadores, à apaixonada torcida, mas também ao porteiro, aos responsáveis pela cozinha, pela limpeza, aos que cuidam do uniforme e dos campos de treinamento?

Este sentimento de conexão indubitavelmente é um dos fatores que explica o sucesso ou não de uma empresa, de um órgão ou entidade pública, e incluso de um país.

E de sobremaneira importância mede o grau de satisfação profissional de uma pessoa. Passamos na maioria das vezes mais tempo dedicados ao nosso trabalho e, assim sendo, termos o sentimento que nosso labor, independente de qual o seja na organização, tem a nobreza e conexão com os seus projetos, torna a vida mais leve e positiva. 

Interessante a citação no portal provalore acerca do livro “Os cinco principais arrependimentos dos que estão à beira da morte: uma vida transformada pelos que partiram”. A autora, a enfermeira australiana Bronnie Ware, retrata sua experiência com pacientes em seus últimos meses de vida e pôde observar como expressavam seus desejos e arrependimentos com lucidez nessa condição.

“O arrependimento mais comum era de os pacientes não terem vivido a vida que queriam, mas a vida que os outros esperavam que vivessem. Quando se davam conta que a vida estava no fim e refletiam sobre o que fizeram, ficava claro o que não realizaram. Muitos não realizaram nem metade dos seus sonhos e tinham de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomaram ou deixaram de tomar. Os demais quatro arrependimentos eram: deveria ter trabalhado menos, ter tido mais coragem de expressar os sentimentos, ter estado mais perto de amigos e ter sido mais feliz. Esses cinco arrependimentos podem ser consolidados em dois desejos fundamentais dos seres humanos: a) usufruir a vida em plenitude e b) estar em harmonia consigo e com os demais.”

Se sentir integrado de forma efetiva na empresa, nas suas missões e metas, pode ser um importante ponto na busca de uma vida mais plena e com sentimento de vitória no bom combate que deve ser nossa breve existência humana.

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