Perspectivas da Cultura e do Turismo para 2021

04/12/2020 às 21:04.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:13

Os setores do turismo e da cultura foram um dos mais atingidos com a pandemia. Assim como os demais eixos da economia criativa, podem ser, se bem planejadas ações e com efetividade na execução, um importante motor no processo de recuperação econômica e social de Minas e do país. A seguir algumas considerações do ministro Marcelo Álvaro Antonio.

Quais as expectativas para os setores do turismo e da cultura para os próximos dois anos no país?
As perspectivas são bastante promissoras, especialmente pelas ações que adotamos para permitir que a cultura e o turismo superem impactos da pandemia e retomem atividades. No turismo, por exemplo, o Fungetur já soma cerca de R$ 2,5 bilhões em empréstimos contratados, de um total de R$ 5 bilhões disponíveis. E isso já tem resultados: segundo o IBGE, as atividades turísticas tiveram em setembro a quinta alta seguida, de 11% em relação a agosto, e no acumulado dos últimos cinco meses, até então, já acumulam ganhos de 88,8%.
Na Cultura, concluímos o repasse a estados e municípios de um total de R$ 3 bilhões previstos na Lei Aldir Blanc, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, para ações emergenciais na área. Esta ação foi essencial para preservar um segmento que tem grande poder de atrair visitantes aos destinos naiconais. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é a oitava nação com mais atrativos culturais do planeta, e isso evidencia o nosso potencial de cativar o interesse de turistas, sejam brasileiros ou estrangeiros.
Quanto ao mercado de viagens, pesquisas apontam uma tendência ao turismo de proximidade e de natureza em meio à pandemia, segmentos nos quais o Brasil tem muito a oferecer. Razão pela qual estamos trabalhando a estruturação do turismo rodoviário e também melhorias em parques nacionais, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. Ou seja, tanto na cultura quanto no turismo, o horizonte é de grande expansão, favorecendo fortemente a geração de emprego e renda e posicionando o Brasil como grande ator nos dois segmentos.

Apesar de todas as nossas potencialidades, o que emperra o Brasil de receber mais turistas quando comparado a outros países?
Isso exige uma atitude essencial, principalmente em meio à pandemia: inovação. É preciso fazer com que o turismo brasileiro se beneficie de ferramentas tecnológicas que facilitem a vida do viajante e reforcem a divulgação dos nossos destinos. Neste sentido, firmamos um acordo de cooperação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para desenvolver ações com foco em inovação no turismo, como a criação de destinos inteligentes, que terão um poder cada vez maior de despertar o interesse dos visitantes.
Além disso, agora em outubro, quando participei de uma reunião de ministros do Turismo do G20, frisei a importância de medidas que facilitem o trânsito de viajantes. Queremos definir uma estratégia global de identificação de turistas, com sistemas integrados para a troca de informações e a padronização de documentos.Esta iniciativa tem forte potencial de contribuir para as chegadas internacionais ao Brasil, que, é importante ressaltar, já isenta da necessidade de visto cidadãos da Austrália, Canadá, Japão e Estados Unidos.
E os esforços do Brasil para atrair visitantes ganharam um importante impulso: em novembro, recebemos no país o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, que inclusive acompanhei em uma reunião com o presidente Bolsonaro, um grande entusiasta do turismo. E tivemos a notícia de que a OMT planeja abrir no Brasil o primeiro escritório nas Américas, fortalecendo a parceria com a entidade e que, certamente, permitirá que tenhamos um ganho significativo na qualidade dos nossos produtos turísticos.

‘Em relação a parcerias com o governo de Minas, quais as expectativas para os próximos anos?
Minas é um dos ícones do turismo nacional, e temos várias ações conjuntas. Recentemente, estive em Ouro Preto, em uma cerimônia com o governador Romeu Zema, onde apresentamos o Plano Nacional de Retomada do Turismo e pactuamos iniciativas para apoiar não só o turismo, mas também a cultura no estado. O BDMG, por exemplo, teve um aporte de R$ 390 milhões para operar empréstimos do Fungetur, e também formalizamos um repasse de R$ 3 milhões ao Programa Minas pra Minas, que trabalha a divulgação de destinos mineiros.

Assinamos ainda um protocolo de intenção com o Governo de Minas para contratar o BDMG como agente financeiro do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que dispõe de uma linha emergencial de crédito de R$ 400 milhões destinada a apoiar o fluxo de caixa de empresas do setor. Minas receberá um investimento total de R$ 36 milhões para 70 projetos audiovisuais de 52 produtoras. Além disso, por meio da Lei Aldir Blanc, o estado teve direito a R$ 135,7 milhões para ações emergenciais na cultura.

Em agosto, pude anunciar um investimento de R$ 940 mil para a instalação de sinalização turística nos municípios da Rota Lund. Esta ação integra uma parceria com o Instituto Estadual de Florestas para projetos de desenvolvimento turístico nas unidades de conservação envolvidas no Programa de Concessão de Parques Estadual. Ou seja, Minas Gerais tem no MTur e no governo Bolsonaro fortes aliados para aproveitar todo o seu potencial cultural e turístico e converter isso em geração de divisas, postos de trabalho e renda à população.

  

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