Depois das chuvas, hora da PBH fazer o dever de casa

17/03/2018 às 20:31.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:55

Com o fim da temporada de chuvas, espera-se que a administração municipal aja rapidamente para solucionar os problemas decorrentes do período.. Há buracos no pavimento de um sem número de vias da capital, árvores que precisam ser examinadas, podadas e, em alguns casos, suprimidas, praças e parques a serem recuperados, calçadas que precisam de capina, terrenos que necessitam de limpeza, enfim, o dever de casa básico de uma prefeitura que cuida de 2,5 milhões de pessoas.

A questão da operação tapa-buracos é emergencial e não se encerra com o recapeamento de alguns trechos de ruas e avenidas. Há vias que precisam receber nova cobertura asfáltica em toda a sua extensão, pois os danos ao pavimento são profundos e, com o tempo, só irão se agravar. Também é necessária a recuperação da pintura de sinalização de muitas vias, pois as faixas estão apagadas e devem ser refeitas, para segurança de motoristas e pedestres.

Quanto às árvores, a situação é mais complexa. A capital tem aproximadamente 500 mil árvores, das quais 300 mil foram inventariadas na administração municipal anterior. Ou seja, há 200 mil árvores cujas condições não são conhecidas. Durante a temporada de chuvas, tivemos diversas quedas, inclusive causando a morte de uma pessoa e, poucos dias antes do carnaval, a PBH correu para suprimir cerca de 120 árvores que corriam o risco de cair e estavam em áreas próximas à concentração dos blocos de rua. Isso representava perigo real para os foliões que ocuparam BH.

Entendo que a poda e a supressão dos exemplares doentes não são suficientes para resolver o problema. A capital precisa de uma política sustentável de arborização, com a conclusão do inventário, a remoção das árvores doentes e uma ação em grande escala de replantio, optando por espécies mais resistentes e frutíferas, para contribuir para a atração de aves e pequenos animais para a capital.

As praças e parques da cidade estão em péssimas condições. A população não se cansa de reclamar da depredação dos equipamentos urbanos nesses locais. Quanto aos parques, três estão fechados por causa do surto de febre amarela, sem previsão de reabertura. Os demais precisam de investimentos para se tornarem realmente bons centros de lazer. Da mesma forma as calçadas de BH estão tomadas pelo mato em várias regiões. Como se vê, há muito a ser feito. E falo tão somente de ações de emergência. Problemas mais graves, como inundações e deslizamento de encostas, também devem ser resolvidos, mas são obras mais caras, que necessitam de um volume maior de recursos e de mais tempo para sua execução..

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