2022 sem olhar 'patrás'

24/12/2021 às 09:01.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:36

2021 não foi fácil. Iniciamos o ano na esperança da vacina e de sairmos da pandemia e terminamos usando máscaras e com mais de 400 mil vidas perdidas no período. As máscaras, parece, estão com os dias contados, mas as vidas não têm volta e o vazio nas famílias permanece, especialmente em época de festas de fim de ano. Vivi de perto essa dor e externo a minha profunda solidariedade a essas famílias.

Na política, 2021 também foi um ano sofrido. Vimos em Brasília o retrocesso no combate à corrupção, o furo do teto de gastos e a derrubada do veto do multibilionário Fundão Eleitoral. Dinheiro que poderia ir para saúde, educação ou assistência social será usado para bancar campanhas dos mesmos velhos caciques que engavetaram reformas e nos trouxeram ao atual quadro de inflação, desemprego e recessão.

Em Minas, velhos caciques, ainda que de menor estatura, alguns dos quais foram base do governo Pimentel e faziam vista grossa enquanto ele dava o calote em municípios e servidores, também criaram sofrimento. Por obra deles, vimos o acordo com a Vale ficar engavetado na Assembleia por mais de quatro meses; a aprovação de novos privilégios para a elite do funcionalismo; a proibição aos aplicativos de ônibus que forneciam viagens por até metade do preço; a tentativa de proibir as parcerias na área da saúde que ampliariam a disponibilidade de leitos; e a tentativa de fazer avançar na calada da noite, literalmente, uma autorização para a mineração do topo da Serra da Moeda. No apagar das luzes, vimos a Constituição ser atropelada para manter na geladeira o Regime de Recuperação Fiscal, que é essencial para Minas e aguarda há quase três anos para ser votado.

Apesar disso, Minas avançou. Em boa medida graças ao trabalho do governo Zema, Minas teve o menor índice de óbitos por Covid das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, colocou salários e 13º em dia, teve o menor índice de evasão escolar do país, se tornou o estado mais seguro do Brasil e atraiu cerca de R$100 bi de investimentos, o que gerou crescimento econômico e empregos mesmo com a atual recessão.

2022, com eleições e, tudo indica, sem pandemia, será nossa oportunidade de virar de vez a página do que ficou Patrás. Não será fácil, pois os velhos caciques virão com bilhões de dinheiro público em suas campanhas, mas só dependerá do povo escolher um futuro melhor. Convido cada um de vocês, leitores, a se engajarem pessoalmente e muito, conscientizando amigos e familiares sobre a importância do voto, do legislativo e do abandono do populismo e do clientelismo. Convido cada um a olhar para frente e a fazer, desde a virada, de 2022 nosso ano da virada. Feliz Natal atrasado. Feliz ano novo a todos!

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