Escolhas difíceis, bons resultados

03/06/2019 às 16:05.
Atualizado em 21/11/2022 às 19:15

O Governo Zema anunciou na quinta-feira passada o Programa Mãos à Obra nas Escolas, de reformas em 132 escolas espalhadas por 93 cidades do nosso Estado, a um custo total de R$ 21 milhões.

O governo anterior entregou essas escolas caindo aos pedaços. Há problemas de infiltração, de vigas, telhados e lajes com estruturas comprometidas, de caixas de água com risco de ruir. Há escolas em que a estrutura das salas está tão comprometida que os alunos estão tendo aulas no pátio. As obras são urgentes e necessárias para garantir segurança e oportunidade de aprendizado para nossas crianças.

O programa é um grande acerto do governo, foi recebido com elogios e só foi possível ser implementado em razão de uma decisão anterior, que quando anunciada foi recebida com muitas críticas: o encerramento do contrato de vigilância patrimonial de 4% das nossas escolas.

Quando o governo comunicou o encerramento do contrato, a pressão foi gigantesca. Críticos se apressaram em dizer que haveria sangue nas mãos do governador caso ocorresse em Minas Gerais tragédia como a de Suzano, esquecendo-se que a vigilância era para garantir a segurança do patrimônio das escolas, e não das crianças. Vigilantes acamparam na porta da Assembleia, dizendo que o governo estava tirando seus empregos, omitindo que são empregados de uma empresa privada de vigilância, e não do Estado, que é apenas um dos clientes da empresa.

O contrato de vigilância patrimonial consumia R$ 59 milhões por ano, e se fosse mantido como antes, não haveria dinheiro para o programa de obras de segurança e infraestrutura recém-anunciado.

É claro que gostaríamos de manter a vigilância patrimonial e até mesmo expandi-la para mais do que apenas 4% das escolas. Que gostaríamos de fazer obras que não apenas garantissem segurança e infraestrutura básica para nossas crianças, mas que dessem a elas elevados níveis de conforto. Entretanto, tudo isso precisa de dinheiro para ser feito e o Estado está quebrado, com salários atrasados e dívidas até com fornecedores de medicamentos. Infelizmente, não há dinheiro para tudo que gostaríamos e governar é fazer escolhas. Muitas vezes, escolhas difíceis. Algumas vezes, escolhas que demandam uma boa dose de coragem.

Minas tem sorte de ter em seu time uma pessoa como a secretária de Educação Julia Sant’Anna, que tem coragem de suportar todas as críticas, mantém sempre o foco no que é melhor para os estudantes e agora começa a colher os bons frutos de suas difíceis escolhas. Nossas crianças agradecem!

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