Humildade para destinar dinheiro público

30/09/2019 às 10:18.
Atualizado em 21/11/2022 às 19:17

Semana passada escrevi sobre a necessidade de se ter humildade para legislar. De ouvir a população tanto para saber quais são os problemas que mais a afetam no dia a dia quanto para buscar as melhores soluções para eles. Escrevi, também, sobre como isso define a maneira como atuo na Assembleia e sobre como esse é o princípio fundamental da Frente Parlamentar pela Desburocratização, que tenho a honra de coordenar. Quem ainda não leu, pode acessar o artigo em bit.ly/HumildadeHD.

Essa semana escrevo sobre como a humildade é chave para outra ação do meu mandato: a destinação de verbas públicas. A cada ano os deputados têm direito de destinar uma parte do orçamento público para localidades e projetos que escolherem e é comum enviarem essas verbas para suas bases.
Entendo que esse não é o melhor critério e, junto com o deputado federal Tiago Mitraud, decidi dar oportunidades iguais para todas as localidades de Minas Gerais disputarem essas verbas e destiná-las para onde elas são mais necessárias, independentemente de serem nossas bases ou não. É o Edital de Emendas Liberta Minas, no qual os interessados podiam apresentar projetos indicando que problemas resolveriam com os recursos de nossas emendas, e de que forma.

O edital já foi tema desse espaço em outras duas oportunidades. Quem quiser ler sobre ele, é só acessar bit.ly/EditalDeEmendasHD e bit.ly/MinasSaiDasSombras. Infelizmente, é comum vermos o dinheiro público ser destinado para ambulâncias, veículos, academias ao ar livre, equipamentos hospitalares e outros bens que, algumas vezes, acabam parados e sem uso por falta de dinheiro de quem os recebeu para fazer a manutenção ou para contratar as pessoas necessárias para operá-los. De vez em quando, parados porque as prioridades de quem os recebeu eram outras.

Não queríamos ver os recursos públicos das nossas emendas terem esse fim. Por isso, ao invés de resolver de dentro de nossos gabinetes quais seriam os melhores destinos dos recursos, decidimos ouvir os prefeitos e gestores e deixar que eles nos dissessem o que era prioridade para suas cidades e organizações. Com humildade, decidimos deixar quem vive os problemas de perto todos os dias definir quais são os problemas mais urgentes de suas comunidades e qual a melhor maneira de resolvê-los. É tentador querer dizer como cada centavo deve ser gasto, mas acredito ser mais eficiente respeitar os gestores locais, respeitar a quantidade de conhecimento que existe espalhada pelo estado e ser parceiro de quem tem ideias boas e trabalha com seriedade!

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