Natal, trabalho e família

20/12/2019 às 15:46.
Atualizado em 21/11/2022 às 19:06

Natal, para mim, sempre foi a data mais esperada do ano, seja pela minha formação católica, pela profusão de boa vontade e bons sentimentos que se espalha entre as pessoas e que faz o mundo melhor, ainda que por um breve tempo, e pela reunião da família. Especialmente, pela família.

Cresci muito próximo dos meus primos, meus melhores amigos de infância e pessoas que até hoje admiro e amo estar junto. Se para as crianças os pais são super-heróis, minha família era a Liga da Justiça, pois meus tios também representavam esse papel para mim.

O problema é que boa parte da minha família, como acontece com muitas famílias mineiras, sempre morou espalhada pelo Estado e pelo país, e a única época em que todos se reuniam era no Natal. Por isso o Natal era tão mágico. Criança que eu era, imaginava que só a distância podia fazer pessoas que se amam tanto se encontrarem tão pouco.

Hoje vejo que não apenas a distância, mas também as responsabilidades que assumimos, podem roubar precioso tempo com a família. E a política, mais do que qualquer outra responsabilidade que eu já havia assumido na vida, é uma máquina de sugar tempo. Além das longas horas de trabalho na Assembleia, são outras tantas ao telefone quando estou em casa. São viagens de trabalho nos finais de semana (temos 853 municípios para cuidar!) e eventos, encontros, palestras e apresentações em cada dia e horário disponível.

É doloroso conviver tão pouco com minha família, dá uma saudade danada, mas me conforta saber que meu trabalho ajuda outras tantas famílias a viverem melhor.

Saber que a minha luta para desburocratizar Minas Gerais ajuda famílias a terem trabalho e sustento. Que minha luta para trazer mais liberdade para os transportes pode ajudar famílias a viajarem mais e se encontrarem mais. Que meu trabalho para ajudar o governo Zema a dar certo faz diferença para que famílias e mais famílias tenham educação, saúde e segurança.

Mas sei também que se eu tenho o privilégio de poder suprir parte da saudade com essa sensação de dever cumprido, minha família não tem a mesma sorte. Da parte deles, há só muito amor desprendido e generoso. Deixo, portanto, meu agradecimento especial à Liginha, aos meus pais, meu irmão, meus sobrinhos, tios e primos. Neste ano, mais que em qualquer outro, com o amor e compreensão que me dedicaram, vocês redefiniram para mim o conceito de super-heróis.

E a você, leitor, deixo meus votos de um Feliz Natal, tempo de qualidade com sua família e uma reflexão que talvez seja mais necessária para mim que para qualquer outra pessoa: não abusemos do amor de quem nos quer bem.

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